O PMDB sempre foi conhecido por aliados e advers�rios como uma “federa��o de interesses” que se unem ou se separam dependendo dos objetivos de cada grupo. A c�pula do partido jura que a legenda vive um in�dito momento de unidade, consolidado ao longo do segundo mandato do presidente Lula e solidificado com a indica��o de Michel Temer como vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff. Mas essa paz interna vai ser novamente colocada � prova na disputa pelas mesas diretoras da C�mara e do Senado. Nas duas Casas, peemedebistas amea�am lan�ar-se como dissidentes na disputa que acontecer� em fevereiro. Situa��o que pode criar obst�culos ao deputado Henrique Eduardo Alves (RN) e ao senador Renan Calheiros (AL), nomes referendados pela c�pula da legenda.
Rose tamb�m procurou Michel Temer, na esperan�a de uma negocia��o. Ao contr�rio do que defendiam alguns integrantes do partido, Temer n�o fez qualquer gesto para que ela abrisse m�o da disputa. Tanto o vice-presidente quanto Henrique Alves fizeram uma an�lise pormenorizada dos apoios e alian�as fechadas at� o momento e acreditam que existe uma margem de folga consider�vel. “A candidatura de Henrique est� bem, n�o h� raz�es para se perder o foco”, declarou um influente peemedebista.
Movimento
A avalia��o de aliados de Henrique Alves � de que Rose de Freitas estaria, na verdade, amea�ando lan�ar-se como dissidente para negociar, futuramente, uma vaga na Mesa Diretora que ser� eleita em fevereiro de 2013. A vaga de vice-presidente caber� ao PT, mas o PMDB ter�, pelo crit�rio da proporcionalidade, mais uma cadeira no grupo que comandar� os trabalhos da C�mara. Por enquanto, a an�lise � de que Rose est� fazendo um movimento em v�o. “Ela poder� at� lan�ar-se como candidata avulsa, mas n�o vemos qualquer amea�a a Henrique nesse processo”, disse um aliado do candidato oficial do PMDB.
No Senado, o cen�rio tamb�m � inst�vel. Um grupo de parlamentares do PMDB, os chamados independentes, entre os quais Pedro Simon (RS) e Jarbas Vasconcelos (PE), estudam lan�ar candidato. O nome incensado atualmente � o de Luiz Henrique (SC). Respeitado pelos colegas de plen�rio, ele poderia se contrapor aos movimentos de Renan. (Colaborou PTL)