A presidente Dilma Rousseff desqualificou as den�ncias do ex-diretor da Ag�ncia Nacional de �guas (ANA) Paulo Vieira contra a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Em conversa com auxiliares, Dilma viu “m�-f�” nas declara��es de Vieira e pediu a Izabella que divulgasse nota rebatendo ponto por ponto a acusa��o de que teria pressionado reparti��es federais para aprova��o de um projeto de interesse do ex-senador Gilberto Miranda, em Santos.
Outros ministros tamb�m sa�ram em defesa de Izabella e desqualificaram o ex-diretor da ANA. “N�o d� para dar credibilidade a essas den�ncias. De fato, n�o d�. O que d� (para dar credibilidade) est� nos autos da Pol�cia Federal, que agiu e age com a autonomia de sempre”, disse o ministro da Secretaria-Geral da Presid�ncia, Gilberto Carvalho.
Na mesma linha, o ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, lembrou que o inqu�rito da PF n�o cita Izabella. “N�o � a tentativa de pessoas incriminadas, de desviar o foco da investiga��o ou mesmo diminuir o seu papel, que vai mudar esse roteiro t�o bem realizado pela pol�cia”, afirmou Cardozo. Para ele, a PF est� investigando tudo de forma aut�noma, com crit�rio e cuidado.
Apesar da aparente tranquilidade no Planalto, o governo est� preocupado com os desdobramentos da Porto Seguro e com as recorrentes cita��es ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. A den�ncia do caso envolve ex-servidores - al�m de Vieira, foram inclu�dos seu irm�o Rubens, que era diretor da Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac), e Rosemary Noronha, ex-chefe do gabinete da Presid�ncia em S�o Paulo - e pessoas pr�ximas de aliados - Miranda � ligado ao presidente do Senado, Jos� Sarney (PMDB-AP).
Al�m disso, a situa��o de Adams ainda � delicada, embora ele continue frequentando as principais reuni�es do governo. A portas fechadas, ministros dizem que Adams s� n�o caiu porque n�o apareceu comprova��o de que ele saberia do envolvimento de Jos� Weber Holanda, n�mero dois da AGU, no caso.
O diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu, rebateu ontem a acusa��o de que o �rg�o seria um “cabide de empregos”, como disse Vieira, e negou a afirma��o de que seria apadrinhado do ex-ministro da Casa Civil Jos� Dirceu. “Conhe�o Jos� Dirceu porque sou antigo militante do PT. Sou amigo dele como todos os militantes do partido.”
No Senado, a oposi��o quer convidar Paulo Vieira para falar no Congresso, a exemplo do que j� foi aprovado em rela��o ao irm�o dele, Rubens. O ex-diretor da Anac respondeu que comparecer� � Casa, mas n�o agendou data.