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Estado de Minas

Haddad com abacaxi nas m�os

Novo prefeito de S�o Paulo toma posse e destaca em seu discurso o principal desafio: solucionar a d�vida do munic�pio com a Uni�o, que, de acordo com ele, � insustent�vel


postado em 02/01/2013 00:12 / atualizado em 02/01/2013 07:36

S�o Paulo – Para um plen�rio lotado, o novo prefeito de S�o Paulo, Fernando Haddad (PT), procurou exaltar o amor � cidade em seu discurso de posse na C�mara Municipal, mas focou no principal problema que vai enfrentar: a d�vida do munic�pio, que, segundo ele, � “insustent�vel”. O novo prefeito afirmou que, apesar do or�amento bilion�rio, a cidade perdeu a capacidade de investimento. “N�o h� condi��es de levar para frente sem repactuar (a d�vida)”, disse Haddad, cobrando a��es do Congresso Nacional e do ministro da Fazenda, Guido Mantega, para que essa repactua��o seja estendida a estados e munic�pios. “A d�vida � de 200% da arrecada��o (de R$ 40 bilh�es), o que compromete a capacidade de investimento. N�o bastar� apenas a troca do indexador da d�vida, temos de buscar as parcerias necess�rias com os governos federal e estadual, no �mbito das parcerias p�blico-privadas (PPPs), com empreendedores, para recuperar os investimentos”, afirmou Haddad.

Falando ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), Haddad, que concorreu � sua primeira elei��o e venceu, pregou "um pacto federativo" com a "mudan�a de postura da pr�pria classe pol�tica em rela��o a ela mesma". Ainda para o governador, ele afirmou: “N�o posso, n�o devo, n�o farei e n�o recusarei um �nico centavo do governo do estado, do governo federal que � de direito do cidad�o paulistano, independentemente de partido.” E continuou: “Quero dar as m�os ao senhor para trazer os benef�cios que o povo de S�o Paulo tanto merece e anseia”.

Antes do discurso de pouco mais de 20 minutos, ainda na transmiss�o de cargo, Haddad recusou a caneta oferecida por Kassab e preferiu utilizar a sua pr�pria. Apesar de citar a d�vida da cidade, no pronunciamento, Haddad elencou como prioridade o enfrentamento da mis�ria extrema. “N�o � poss�vel viver com tanta desigualdade, mazelas, com crian�as brincando em esgoto a c�u aberto e trabalhadores desamparados. Existe ainda muita mis�ria na cidade de S�o Paulo”, afirmou o prefeito, que pediu uma “busca ativa” para identificar as pessoas que precisam de ajuda.

Em resposta, o governador Geraldo Alckmin afirmou, em seu discurso, que os interesses da cidade est�o acima dos interesses partid�rios, numa refer�ncia � disputa entre os partidos de ambos. “Voc� poder� sempre contar com o apoio do governo do estado naquilo que for de compet�ncia e interesse de S�o Paulo”, disse Alckmin. O governador concordou que o desafio dos prefeitos paulistas � “ultrapassar as dificuldades que atingem a qualidade de vida da popula��o”. “Governar a cidade de S�o Paulo � um enorme desafio, � por isso que � t�o estimulante.”

‘OUTRA FREGUESIA’ Em sua despedida, o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) disse que deixa o cargo com a sensa��o de dever cumprido e “com a cabe�a erguida”. Citando o poeta M�rio Quintana, Kassab disse que agora vai al�ar novos voos em sua carreira pol�tica. “Vou cantar em outra freguesia”, afirmou, muito emocionado. Em um discurso de aproximadamente 15 minutos, Kassab disse que passou os �ltimos dias entregando obras e que, neste momento, “come�a a sentir o vazio” de deixar o posto. Ele ainda recomendou ao novo prefeito uma aten��o especial com as finan�as municipais, mencionando diretamente a d�vida da prefeitura com o governo federal. “A d�vida com a Uni�o � impag�vel.”

Entre os presentes na transmiss�o de cargo de Kassab para Haddad estavam o ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, e o presidente nacional do PT, Rui Falc�o.

VEREADORES O vereador Toninho Paiva (PR) foi internado e n�o pode presidir a sess�o de cerim�nia de posse do prefeito Fernando Haddad (PT) e dos vereadores. N�o foi informada a doen�a dele. Aos 70 anos, Paiva deveria dar posse aos 52 dos 55 parlamentares eleitos em outubro. A sess�o foi presidida por Gilson Barreto (PSDB).

O grande ausente

O ex-presidente  Lula n�o foi � posse do prefeito Fernando Haddad (PT). Segundo a assessoria de imprensa do PT, o padrinho pol�tico do prefeito est� em viagem com a ex-primeira-dama Marisa Let�cia. Os assessores do ex-presidente disseram que “Lula nunca cogitou ir � posse de Haddad”. Ele faltou tamb�m  �  posse de seu filho, Marcos Lula (PT), que assumiu uma cadeira na C�mara Municipal de S�o Bernardo do Campo (Grande S�o Paulo).


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