No primeiro dia de trabalho, o prefeito de S�o Paulo, Fernando Haddad, se reuniu com secret�rios para tratar de medidas de emerg�ncia no combate a enchentes. Foram definidas 16 a��es voltadas para o aperfei�oamento do plano de conting�ncia j� existente na cidade. “S�o medidas que j� podem ser feitas imediatamente com os recursos previstos no or�amento”, disse.
Al�m disso, cumprindo a promessa feita durante a campanha eleitoral, Haddad afirmou que a primeira medida tomada ao sentar na cadeira de prefeito foi a cria��o de um grupo para localizar terrenos para abrigar tr�s hospitais e 172 creches que ainda n�o foram constru�dos por falta de �rea. Segundo Haddad, a cada 30 dias ser�o enviados relat�rios de �reas p�blicas ou privadas a serem desapropriadas ou se tornarem de utilidade p�blica.
A ideia � unificar a gest�o e fazer os servi�os serem desempenhados a cada 15 dias, em vez de bimestralmente. A �nfase segundo o prefeito, ser� dada nos 132 pontos mapeados na cidade onde os alagamentos s�o mais recorrentes.
Outra medida � a coloca��o de cont�ineres em bairros e ruas onde a produ��o de lixo � mais elevada, como ocorre em pontos comerciais de Br�s, Santa Ifig�nia e Pari. “S�o lugares onde a quantidade de lixo jogada nas ruas � maior. O uso de cont�ineres � mais eficaz e por isso se pode ajudar a evitar alagamento desses locais”, disse Haddad.
O prefeito tamb�m solicitou a instala��o de novos ecopontos, usados para a destina��o de entulho, considerado um dos principais causadores dos alagamentos mais pontuais. Ainda ser�o monitorados pelos novos subprefeitos os pontos irregulares de despejo.
Antes de assumir o cargo, Haddad pediu aos secret�rios de pastas relacionadas � preven��o de enchentes que no primeiro dia de administra��o levassem � reuni�o solu��es pr�ticas e r�pidas para o per�odo de fortes chuvas. Foi apresentado pelos presentes uma oferta que j� havia sido feita na gest�o passada pelo Instituto de Pesquisas Aplicadas (IPT) da Universidade de S�o Paulo (USP), mas que, segundo o prefeito, ainda n�o havia sido colocada em pr�tica. Trata-se de um contrato em que se coloca � disposi��o o servi�o de ge�logos para o monitoramento das �reas de risco. A tarefa � estimada em R$ 400 mil. “Vamos solicitar ao IPT profissionais � disposi��o para que o trabalho comece imediatamente”, disse o prefeito.
Segundo dados da Prefeitura, existem atualmente 417 �reas de risco na cidade. Dessas, 93 s�o de alt�ssimo risco. Os ge�logos do IPT monitorariam diariamente essas �reas de alto risco.
O acompanhamento das demais �reas de risco seria feito por moradores dessas �reas treinados para avisar t�cnicos da Prefeitura de que a regi�o tem risco de sofrer enchentes. Segundo o prefeito, havia 400 grupos que realizavam esse monitoramento, total que atualmente se reduziu a 193. “Queremos voltar a monitorar todas”, disse Haddad.