
O levantamento da CNM, realizado no fim do ano, apontou tamb�m que o estado de Minas est� inserido nessa triste realidade e, como a maioria dos munic�pios pa�s afora, suas cidades n�o conseguiram escapar da crise, com a queda do FPM atingindo 686 munic�pios de um total 711 que responderam � pesquisa. Essa maioria absoluta em dificuldades financeiras pode ser demonstrada ainda pelo n�o pagamento do 13º por 681 cidades mineiras (veja quadro). “A deterioriza��o das contas municipais � uma quest�o estrutural que vem se aprofundando h� d�cadas. Agora est� insustent�vel e irrecuper�vel”, afirma Ziulkoski.
Norte a Sul

O estudo da CNM, que foi apresentado aos novos gestores de 19 estados do pa�s em diversos congressos, demonstrou que, ao apertar o cinto, pelo menos 3.210 cidades adotaram como medidas emergenciais a desativa��o de ve�culos e de equipamentos, sendo que o corte nas despesas de custeio foi a op��o para 3.333 mil munic�pios. “No ano passado, estava previsto o repasse do FPM no valor global de R$ 77 bilh�es, mas chegaram aos munic�pios apenas R$ 68 bilh�es, quase dez a menos do que o previsto”, diz.
No Norte de Minas, j� castigado pela falta d’�gua, os moradores est�o sendo sofrendo tamb�m com a falta de servi�os p�blicos b�sicos, especialmente nos pequenos munic�pios. Em Japonvar, o prefeito Eraldino Soares de Oliveira (PP), o Dino, teve como primeiro ato a decreta��o de estado de emerg�ncia administrativa. Um dos mais setores mais afetados, al�m da limpeza p�blica, foi a sa�de. As cinco unidades de pronto atendimento est�o sem m�dicos, cujos contratos se encerraram ao fim da administra��o anterior. Diante desse quadro, Ziulkoski estima que nos pr�ximos quatro anos poder� haver at� 3 mil prefeitos fichas-sujas no pa�s, diante da impossibilidade de cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal.
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