PT tem de ceder a aliados para reeleger Dilma, afirma governador do Sergipe

O enquadramento do PT ser� o maior desafio de Dilma Rousseff na tentativa de conquistar mais um mandato na elei��o de 2014, avaliam auxiliares palacianos e pol�ticos petistas ligados � presidente da Rep�blica.

“A grande tarefa do PT para a elei��o presidencial n�o � negociar com a base aliada o que o partido pensa e deseja, mas o que os outros querem para manter essa mesma base coesa e forte”, afirma o governador de Sergipe, Marcelo D�da (PT), conselheiro pr�ximo da presidente.

“O PT precisa ter paci�ncia para ouvir os aliados, suas ang�stias, suas cr�ticas. E tem de dizer a eles a import�ncia que t�m para o projeto de governo, muito acima das fronteiras do pr�prio PT. Esse � o grande desafio da presidente da Rep�blica e do nosso partido”, diz o governador.

“Se recuperarmos a rela��o de confian�a, j� estaremos no caminho certo”, completa D�da, segundo quem a maneira de agir do PT ajudar� Dilma a equalizar as for�as no Congresso, uma das tarefas principais da presidente para os dois anos que restam de seu mandato. A tarefa de convencer os petistas a cederem espa�o, por�m, n�o ser� f�cil, adverte o governador.

Parte do PT, por exemplo, acredita que Dilma s� ser� reeleita se o Pa�s crescer 4,5% ao ano, o que depende de in�meras vari�veis na economia. Com 78% de popularidade fechados no final do ano, Dilma tem a convic��o de que s� manter� esse �ndice favor�vel se vencer desafios enormes, diz o governador de Sergipe.

Dilma n�o poder�, segundo D�da, ficar apegada apenas � bandeira do combate � mis�ria. Outros projetos destinados � chamada nova classe m�dia ter�o de aparecer, na avalia��o de petistas ligados ao Planalto.

Na opini�o do governador sergipano, a presidente dever� ainda mostrar que n�o tolera a corrup��o, o que se faz necess�rio para neutralizar a emergente for�a do ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal.

Para o cientista pol�tico F�bio Wanderley Reis, hoje n�o h� como duvidar de que Dilma � a favorita � reelei��o. “Acho que a oposi��o tem um quadro muito complicado pela frente. N�o h� uma lideran�a que justifique uma aposta precoce. O senador A�cio Neves (j� apresentado como candidato dos tucanos para 2014) n�o decola. Uma aposta no Eduardo Campos (governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB) ainda n�o pode ser feita, porque n�o sabemos ao certo o que ele quer.”