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Estado de Minas MERGULHADA EM D�VIDAS

Crise pol�tica amea�a tradicional carnaval de Diamantina

Em estado de emerg�ncia por causa do caos nas contas p�blicas, Prefeitura de Diamantina teme n�o conseguir arcar com os custos da folia, que no ano passado ficaram em R$ 900 mil


postado em 12/01/2013 06:00 / atualizado em 12/01/2013 09:30

Mais de 40 mil pessoas participam da folia na cidade, o que exige uma estrutura gigante para garantir shows, segurança e atendimento de saúde(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A press - 5/3/11)
Mais de 40 mil pessoas participam da folia na cidade, o que exige uma estrutura gigante para garantir shows, seguran�a e atendimento de sa�de (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A press - 5/3/11)


Um dos carnavais mais famosos e tradicionais de Minas Gerais e do Brasil, o de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, pode ser comprometido por d�vidas estimadas em cerca de R$ 3,5 milh�es e dificuldades deixadas pela gest�o de Padre G� (PMDB) � frente da prefeitura. O empresariado, o setor hoteleiro e o prefeito interino, Maur�cio Maia (PSDB), que assumiu o posto com a cassa��o do prefeito eleito, Paulo C�lio (PSDB), se esfor�am para garantir que a festa, que no ano passado custou R$ 900 mil aos cofres da cidade, aconte�a mesmo assim. “A gente tem que ter p� no ch�o, porque fazer um carnaval de que ningu�m vai gostar n�o vale a pena. Vamos trabalhar muito para que a cidade mantenha a sua festa tradicional, com seus blocos e v�rios shows”, afirma Maia, que na quinta feira assinou um decreto de estado de emerg�ncia que manter� a prefeitura fechada at� o dia 18.

Uma reuni�o de urg�ncia foi realizada na tarde dessa sexta-feira para discutir a situa��o do carnaval com representantes do setor de turismo da cidade, empres�rios, Corpo de Bombeiros e Pol�cia Militar e outra j� est� marcada para segunda-feira, quando, segundo a secret�ria de Cultura, Bya Betelli, “ser� batido o martelo”. Ela acredita que a sa�da ser� a realiza��o de uma parceria p�blico-privada envolvendo donos de pousadas e de restaurantes e comerciantes. “Diamantina tem uma import�ncia enorme, n�s n�o podemos deixar de fazer o carnaval. Os empres�rios da cidade sempre nos ajudaram, n�o tem por que eles n�o nos ajudarem agora”, completa.

Os tradicionais shows da Pra�a do Mercado, com as bandas Bartucada e Bat-caverna, que n�o s�o bancados pela administra��o municipal, e o Bloco do Biri-Biri est�o garantidos. “O carnaval vai acontecer, mas n�o vai ser com toda a estrutura que teve no ano passado. Estamos correndo atr�s para garantir uma festa de qualidade para o foli�o e estamos tentando viabilizar outros palcos espalhados pela cidade”, diz o produtor cultural Ricardo Luiz Santos, que trabalha na prefeitura.

No ano passado, al�m do palco principal, sete palcos espalhados pela cidade garantiram a divers�o dos cerca de 40 mil turistas de todo o Brasil e de v�rias partes do mundo. Mesmo com toda a estrutura de um dos maiores carnavais do pa�s, a cidade sofreu com lixo espalhado  e com o mau cheiro de xixi. Este ano, a prefeitura pode ter dificuldades para garantir limpeza, seguran�a e conforto para quem vai visitar Diamantina. O n�mero de ambul�ncias e plantonistas que mant�m os hospitais em pleno funcionamento no per�odo tamb�m � outra preocupa��o.

Presidente da Associa��o Diamantinense de Empresas Ligadas ao Turismo (Adeltur) e propriet�ria da Pausada do Garimpo, Mariana Pereira admite que a procura por hospedagem est� um pouco abaixo do esperado para o feriado. C�rmen Couto Nascimento, dona da Pousada Rel�quias do Tempo e tamb�m diretora da entidade, afirma que a baixa procura � causada pela �poca do carnaval, no come�o de fevereiro. “Quando ele � nesse per�odo, as pessoas demoram mais para reservar hospedagem. Elas fazem isso depois que voltam das f�rias. Acredito que a cidade vai ter um carnaval muito bom, � uma festa muito tradicional e os diamantinenses n�o v�o deixar que ela fique para tr�s”, afirma.

Vaiv�m na prefeitura

O prefeito eleito, Paulo C�lio, foi impedido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE)  de tomar posse, devido a irregularidades antigas do vice-prefeito eleito, Gustavo Botelho (PP), que j� exerceu o cargo de prefeito, entre 2001 e 2008. O TSE impugnou a chapa. Com isso, quem assumiu foi o presidente da C�mara, Maur�cio Maia, do mesmo partido de Paulo C�lio, mas novas elei��es devem ser marcadas em breve pelo tribunal.

O prefeito interino herdou de Padre G� uma prefeitura com graves problemas. G� foi alvo de uma comiss�o parlamentar de inqu�rito na C�mara Municipal, conclu�da no fim do ano. Segundo o decreto de emerg�ncia de Maia, a prefeitura deve pouco mais de R$ 1 milh�o s� em sal�rios de servidores, que n�o receberam os dedezembro. A quantia n�o foi nem empenhada na folha de pagamentos e a C�mara da cidade vai se reunir tamb�m na segunda-feira para autorizar o pagamento emergencial dos funcion�rios municipais. Al�m disso, o texto informa que o lixo acumulado � outro problema, j� que, sem receber, os garis amea�am fazer greve. O prefeito informou que a coleta de lixo ser� normalizada somente depois do dia 18, quando a prefeitura volta a funcionar.

Cancelado

A cidade de nome sugestivo e carnaval tradicional no Sul de Minas, Santa Rita do Sapuca�, anunciou na quinta-feira o cancelamento da festa por motivos semelhantes aos que preocupam os turistas que v�o para Diamantina. A d�vida do munic�pio chega a R$ 3 milh�es, segundo informou o prefeito Jefferson Gon�alves (PR), e os gastos com a folia giram em torno de R$ 600 mil. Blocos e escolas de samba que j� tinham tido gastos antecipados e comerciantes da cidade lamentam a situa��o.


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