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Estado de Minas

Lacerda encontra dificuldades para arranjar l�der de governo na C�mara de BH

Prefeito Marcio Lacerda tem menos de 15 dias para escolher seu representante na C�mara. O problema � que, at� entre aliados, est� dif�cil achar algu�m que queira assumir o posto


postado em 22/01/2013 06:00 / atualizado em 22/01/2013 07:48

A escolha do l�der de governo na C�mara Municipal de Belo Horizonte poder� ser definitiva para garantir a governabilidade do prefeito Marcio Lacerda (PSB). O dif�cil ser� achar entre os aliados quem queira assumir o cargo. Com a vit�ria da Mesa Diretora, liderada pelo tucano L�o Burgu�s, contra o grupo apoiado pelo prefeito, corre nos bastidores da Casa que nem mesmo os parlamentares do partido de Lacerda estariam dispostos a enfrentar o embate para aprovar projetos de interesse do Executivo. O conselho que aliados deram ao prefeito � para que ele indique um nome ligado aos novos dirigentes. No entanto, o socialista estaria resistente e sua estrat�gia seria a de se aproximar do novo comando. Para isso, ele est� tentando fechar um acordo com os vereadores, conforme contaram membros da Mesa. O prefeito tem menos de 15 dias para escolher seu novo representante no Legislativo. Dia 4 acontece a primeira reuni�o em plen�rio da atual legislatura.


O ex-l�der de governo Ronaldo Gontijo (PPS) e os dois ex-vice-l�deres Daniel Nepomuceno (PSB) e Bruno Miranda (PDT) confidenciaram a colegas que n�o querem o cargo “de jeito nenhum”, prevendo a dificuldade de negocia��o com os novos dirigentes. Depois de derrotados pelo grupo que elegeu L�o Burgu�s e sem cargos de relev�ncia na C�mara, Gontijo e Nepomuceno estariam mais interessados em um lugar na prefeitura. Segundo informa��es de bastidores, Ronaldo quer a Secretaria de Educa��o. Dirigentes do seu partido se reuniram na semana passada para levar a reivindica��o ao prefeito. Por sua vez, Daniel estaria tentando um cargo no governo do estado.

Outra op��o para Lacerda no PSB, entre os veteranos, � o vereador Alexandre Gomes (PSB), mas o parlamentar ficou mal com o prefeito ao se ausentar da vota��o para a Presid�ncia na C�mara. Ainda no PSB, sobram quatro novatos, por�m, � costume o cargo ser ocupado por parlamentares mais experientes. O PSDB at� poderia levar o cargo, mas tanto Henrique Braga quanto Pablito ficaram aborrecidos com a maneira com a qual Lacerda encaminhou as articula��es para a Presid�ncia da Casa, tentando emplacar Bruno Miranda (PDT) at� o �ltimo minuto. Al�m disso, Lacerda n�o est� querendo dar o mesmo espa�o aos tucanos que deu aos petistas na gest�o anterior. Bruno Miranda, apesar de ter manifestado n�o estar muito disposto a assumir a lideran�a, pode acabar sofrendo uma press�o para assumir o posto.

Dificuldades

Ser l�der na Casa n�o vai ser tarefa f�cil, pelo menos se for considerado o cen�rio atual da C�mara. A nova Mesa Diretora assumiu um discurso de independ�ncia e j� demonstrou que n�o vai facilitar a vida de Marcio Lacerda. Al�m de negociar com o novo comando, o representante da prefeitura ter� de enfrentar neste mandato uma bancada de sete vereadores na oposi��o. Conforme mostrou reportagem do Estado de Minas na sexta-feira, sete parlamentares se autodeclaram independentes, sendo que os dois vereadores do PCdoB – “dependendo das atitudes do prefeito nos primeiros meses” – ainda podem mudar para a bancada dos advers�rios ao governo.

Com a garantia de menos de um ter�o de vereadores do seu lado, Lacerda ter� dificuldade para aprovar, por exemplo, projetos de empr�stimos, gratuidade de servi�o p�blico, altera��o do C�digo Tribut�rio, na Lei de Uso e Ocupa��o do Solo e no Plano Diretor, que precisam de qu�rum qualificado, ou seja, de 28 votos. No momento, 27 dos 41 vereadores se definem da base de governo. Em vota��es de qu�rum comum, a vida de Lacerda fica um pouco mais f�cil: s�o necess�rios 21 votos.

O discurso dos parlamentares independentes e at� mesmo dos novos dirigentes pode mudar depois da distribui��o de cargos na prefeitura. No mandato passado, o prefeito segurou os vereadores na base, principalmente com cargos no Executivo. Ele conseguiu aprovar todos os projetos de seu interesse.

Enquanto isso, quem est� em uma situa��o confort�vel com todo esse suspense em torno do nome do novo l�der s�o os advers�rios de Lacerda. Isso porque a oposi��o declarada ao prefeito, formada pelos seis vereadores do PT e pelo �nico do PMDB, Iran Barbosa, pode ser fortalecida com o racha da base aliada.

 

Voc� se lembra?

"Agrade�o o esfor�o pessoal e profissional do vereador (...),  lealdade e a converg�ncia com os objetivos do governo, tendo como preocupa��o constante os interesses de Belo Horizonte"

Marcio Lacerda, prefeito de Belo Horizonte, em carta direcionada a seu ex-l�der na C�mara, o petista Tarc�sio Caixeta, em 11/7/2012

 

Mem�ria

Rompimento

Antes de Ronaldo Gontijo (PPS), o l�der do Executivo municipal era o vereador Tarc�sio Caixeta (PT). Por�m, quando PT e PSB romperam a alian�a, Caixeta teve que deixar o cargo, mesmo sendo muito ligado ao prefeito Marcio Lacerda (PSB). Petistas e socialistas romperam a alian�a ap�s o PSB decidir que n�o iria coligar na disputa pelas 41 cadeiras de vereador nas elei��es do ano passado. A decis�o levou os petistas a lan�ar candidato pr�prio para a prefeitura. Apesar da press�o do partido para que abandonasse o posto logo ap�s o rompimento, Caixeta esperou o encerramento do semestre e a aprova��o dos projetos de interesse do Executivo para renunciar. Caixeta se reelegeu e hoje integra a bancada de oposi��o ao prefeito. Antes dele, o l�der tamb�m era petista, Paulo Lamac, que, eleito deputado estadual em 2010, deixou a C�mara para assumir a cadeira na Assembleia Legislativa no ano seguinte. 

 


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