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Estado de Minas

Nove anos ap�s Chacina em Una�, manifestantes pedem justi�a e o julgamento dos r�us

"N�o podemos esperar a justi�a divina", afirmou a presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fsicais do Trabalho (Sinait), Ros�ngela Rassy, que participou do protesto para marcar a data de anivers�rio do crime


postado em 28/01/2013 17:44 / atualizado em 28/01/2013 19:42

Dezenas de pessoas se reuniram na porta da 9° vara da Justiça Federal em Belo Horizonte(foto: Cristina Horta/EM/DA Press )
Dezenas de pessoas se reuniram na porta da 9� vara da Justi�a Federal em Belo Horizonte (foto: Cristina Horta/EM/DA Press )

Mais uma vez os familiares e amigos das vitimas da chacina de Una� cumprem a rotina de velar para que a justi�a seja feita em rela��o ao caso. Nesta segunda-feira-feira - nove anos ap�s o crime -, um novo protesto, organizado pela a Associa��o dos Auditores Fiscais do Trabalho de Minas (AAFIT/MG) e Sindicato Nacional dos Auditores Fsicais do Trabalho (Sinait), tenta reverter � decis�o da ju�za substituta da 9ª Vara da Justi�a Federal em Belo Horizonte, Raquel Vasconcelos Alves de Lima, de remeter o julgamento do caso para a Vara Federal da cidade, na Regi�o Noroeste de Minas, local em que o crime ocorreu e onde os principais r�us gozam de grande influ�ncia pol�tica e econ�mica. “N�o podemos esperar a justi�a divina”, afirmou a presidente do Sinait, Ros�ngela Rassy, que acredita que a atitude da ju�za contribui para atrasar ainda mais o julgamento. Participaram dos protestos o ministro Brizola Neto, do Trabalho e Emprego e o deputado federal Domingos Dutra, presidente da Comiss�o de Direitos Humanos da C�mara.

Ros�ngela ressaltou que este ano o protesto tem um car�ter especial, j� que n�o h� mais possibilidade de recurso por parte dos r�us. Apesar disso, ela lamentou a decis�o da ju�za de remeter o caso para a rec�m-criada vara da Justi�a Federal em Una�. “A ju�za cometeu um grande equ�voco. O principal acusado � um nome que domina pol�tica e economicamente as pessoas em Una�. Como pode o pr�prio pessoal de Una� atrav�s de j�ri popular julgar este caso. N�o tem cabimento!”, salientou. Apesar da demora, a presidente do Sinait salientou que acredita na Justi�a brasileira. "N�s acreditamos na Justi�a do nosso pa�s, mas n�o podemos admitir uma situa��o como essa. Essa decis�o de remeter o processo � inconstitucional”, disse.

Para o ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, que participou de reuni�o da Comiss�o Nacional para a Erradica��o do Trabalho Escravo (Conatrae) na capital mineira nesta segunda-feira, a demora no julgamento favorece amea�as contra fiscais e aumenta o crime de que outros crimes semelhantes sejam cometidos. "� uma decis�o que espantou a todos. A morosidade n�o � educativa. Pelo contr�rio", afirmou.

A decis�o pode atrasar ainda mais o julgamento e contraria um despacho feito pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que determinou que o julgamento aconte�a na capital. A procuradora da Rep�blica Mirian Moreira Lima, prometeu recorrer da decis�o a fim de manter o julgamento em Belo Horizonte. Segundo Mirian, j� h� decis�es anteriores do Tribunal Regional Federal (TRF), do Superior Tribunal de Justi�a (STJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF) atribuindo a compet�ncia pelo julgamento imediato � vara para a qual o processo foi inicialmente distribu�do.

Para justificar a remiss�o do caso para a vara de Una�, a ju�za sustentou que a decis�o tem jurisprud�ncia e contribuiu para um julgamento mais justo. “Tendo em vista que o julgamento do crime no local onde ele ocorreu proporciona celeridade ao andamento do processo e mais exatid�o na reconstitui��o dos fatos, favorecida pela facilidade de obten��o de provas no local onde o crime se deu, considerando tamb�m a maior comodidade no deslocamento de testemunhas e, quando for o caso, v�timas”, afirmou a magistrada na senten�a.

O crime

Foram assassinados os auditores-fiscais do trabalho Erat�stenes de Almeida Gon�alves, Jo�o Batista Soares Lage e Nelson Jos� da Silva, al�m do motorista Ailton Pereira de Oliveira. O Minist�rio P�blico Federal denunciou como respons�veis pelas mortes oito pessoas. Desses, os irm�os Ant�rio e Norberto M�nica – apontados como os mandantes do crime – e o intermedi�rio da contrata��o dos pistoleiros, empres�rio Hugo Alves Pimenta, ainda aguardam an�lise pela Justi�a de seus pedidos de revis�o.

Mesmo apontado como um dos autores intelectuais do crime, Ant�rio M�nica cumpriu dois mandatos � frente da Prefeitura de Una�. De acordo com o processo, os auditores foram executados em raz�o de uma s�rie de autua��es � fazenda dos irm�os M�nica, conhecidos como os “reis do feij�o” e acusados da pr�tica de trabalho escravo.

Com ag�ncia


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