Bras�lia – O procurador-geral da Rep�blica, Roberto Gurgel, negou nesta ter�a-feira qualquer rela��o entre o oferecimento da den�ncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) na �ltima sexta-feira e a elei��o para a presid�ncia do Senado, marcada para o dia 1º de fevereiro. Calheiros � o nome mais cotado dentro do partido para disputar o cargo.
Um dos pontos da den�ncia, que est� sob segredo de Justi�a, diz respeito �s suspeitas de que Calheiros teria utilizado notas frias para comprovar o pagamento mensal de R$12 mil de pens�o aliment�cia. O pagamento era feito por um lobista da empreiteira Mendes J�nior, � jornalista M�nica Veloso, com quem o senador tem uma filha. O esc�ndalo de corrup��o fez com que o parlamentar alagoano renunciasse � presid�ncia do Senado em 2007. No Supremo Tribunal Federal (STF), a den�ncia vai ser avaliada pelo ministro Ricardo Lewandowski, sem prazo definido.
Depois de participar da primeira reuni�o do ano do Conselho Nacional do Minist�rio P�blico, Gurgel disse ainda que deve enviar nos pr�ximos dias ao Minist�rio P�blico Federal de primeiro grau os trechos do depoimento do publicit�rio Marcos Val�rio, em que o operador do mensal�o declara ter pago despesas pessoais do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.
Nesse caso, se houver algum acusado com prerrogativa de foro privilegiado, as investiga��es poderiam continuar com a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR), mas segundo Gurgel n�o � isso que deve acontecer. “Aparentemente, n�o h� o envolvimento de pessoas com prerrogativa de foro. Premissa que eu devo ratificar nos pr�ximos dias. Assim, n�o caber� ju�zo do procurador-geral da Rep�blica, e sim de um procurador da Rep�blica de primeiro grau”, explicou.