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Estado de Minas

Renan Calheiros est� sob press�o �s v�speras da elei��o para a Presid�ncia do Senado

Procurador da Rep�blica afirma que den�ncia enviada contra Renan Calheiros ao STF � "consistente" e nega motiva��o pol�tica


postado em 30/01/2013 06:00 / atualizado em 30/01/2013 08:02


Bras�lia –
A dois dias da elei��o do Senado, crescem as press�es sobre a candidatura de Renan Calheiros (PMDB-AL) � Presid�ncia da Casa. O procurador-geral da Rep�blica, Roberto Gurgel, afirmou nessa ter�a-feira que a den�ncia enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela apresenta��o de notas frias em 2007 � extremamente consistente e despida de motiva��es pol�ticas. "O que posso dizer � que foi uma iniciativa extremamente cuidadosa, extremamente ponderada do Minist�rio P�blico, refletida com o m�ximo cuidado e extremamente consistente", ressaltou o procurador-geral ao final da primeira sess�o do ano do Conselho Nacional do Minist�rio P�blico.

Quando a den�ncia foi confirmada, no fim de semana, o senador alagoano divulgou uma nota afirmando que ela possu�a "natureza nitidamente pol�tica". O caso aconteceu em 2007 e foi o ponto final da trajet�ria de Renan na Presid�ncia do Senado. Na �poca, as notas frias, referentes � venda de cabe�as de gado, foram uma tentativa fracassada para justificar o pagamento de uma pens�o a uma filha fora do casamento e tentar abafar a den�ncia de que as contas tinham sido pagas por um lobista.

Aliados de Renan estranharam o fato de o caso ser retomado justamente na semana em que o l�der do PMDB na Casa tenta voltar ao cargo a que renunciou seis anos atr�s. "Tenho sempre muito cuidado com isso, mas n�o posso ficar subordinado. As pessoas est�o sempre concorrendo a cargos. N�o pode ficar o Minist�rio P�blico de m�os atadas, subordinado a s� oferecer den�ncia quando seja politicamente conveniente", disse Gurgel.

Ele afirmou que o processo � longo, com aproximadamente 43 volumes, o que justificaria a demora na den�ncia: o caso chegou � Procuradoria Geral da Rep�blica em 2011. Gurgel lembrou ainda que, nesse per�odo, estava debru�ado sobre o inqu�rito do mensal�o. "Isso, infelizmente, retardou a aprecia��o n�o apenas deste, mas de uma s�rie de outros feitos", explicou ele.

A tropa de choque de Renan continua cantando vit�ria – ele teria entre 58 e 63 votos, segundo c�lculos do grupo – e afirma que a den�ncia feita ao STF � insuficiente para tirar o favoritismo dele. Mas o senador sentiu a necessidade de explicar-se ontem diante de seus pares. Ele aproveitou o almo�o promovido pelo presidente do Senado, Jos� Sarney (PMDB-AP), em homenagem ao presidente da C�mara, Marco Maia (PT-RS), para minimizar os danos. "Voc�s sabem que n�s, que somos homens p�blicos, sempre estamos sujeitos a essas coisas", disse ele, diante de um grupo de senadores de diversas legendas.

Oficializa��o

Renan deve oficializar nesta quarta-feira a candidatura � presid�ncia, depois de reunir a bancada de senadores do partido. Ele n�o levar� em conta os apelos feitos pelo senador A�cio Neves (PSDB-MG), que defendeu a proporcionalidade mas sugeriu que o PMDB escolhesse outro nome para presidir a Casa. O l�der do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR) vai reunir a bancada amanh� e fechar o apoio a um candidato dissidente, possivelmente o pedetista Pedro Taques (MT).

Durante o almo�o, Dias garantiu que n�o tinha nada pessoalmente contra Renan e que o movimento pol�tico que faria seria para garantir mais espa�o para a oposi��o no Senado, dominada, segundo ele, por aliados do Pal�cio do Planalto. Ao Estado de Minas, contudo, ele admite que a situa��o do grupo n�o est� f�cil. "Mesmo com todo esse bombardeio, continuamos tendo entre 22 e 23 votos praticamente assegurados.”

O c�lculo do senador tucano baseia-se no n�mero de assinaturas que a oposi��o consegue recolher quando tenta criar uma Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) na Casa. Em alguns momentos, com apoio de senadores descontentes com o governo, esse n�mero pode chegar a 28, 29. "Tamb�m lutamos contra outro problema: o voto � secreto, o que sempre deixa brecha para trai��es", reconheceu Alvaro.

A exemplo do PMDB, o grupo de dissidentes tamb�m far� uma reuni�o hoje para tentar fechar a candidatura �nica. Os dois postulantes ao cargo, Pedro Taques (PDT-MT) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) encontraram-se na noite de segunda-feira e, por enquanto, mantiveram a disposi��o de disputar o cargo. Mas o PSDB j� sinalizou que a prefer�ncia da bancada recai sobre o pedetista.

Lula na 1ª inst�ncia

O procurador-geral da Rep�blica, Roberto Gurgel, afirmou ontem que enviar� nos pr�ximos dias � primeira inst�ncia do Minist�rio P�blico as informa��es prestadas pelo empres�rio mineiro Marcos Val�rio sobre suposto envolvimento direto do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva com o esquema do mensal�o. "Estou apenas concluindo a an�lise para que possa efetivamente verificar se n�o h� qualquer pessoa com prerrogativa de foro envolvida. Em n�o havendo, a hip�tese ser� de envio � Procuradoria da Rep�blica em primeiro grau.” Questionado se, ao enviar o caso para o primeiro grau, poderia dar alguma orienta��o ou apontar ind�cios contra Lula, Gurgel respondeu que n�o. Caber� aos procuradores da Rep�blica que atuam na primeira inst�ncia fazer uma avalia��o preliminar sobre a necessidade de novas investiga��es.


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