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Estado de Minas

C�mara e Senado t�m disputas acirradas pelo comando das duas casas legislativas

Enquanto os candidatos � Presid�ncia da C�mara imprimem santinhos e viajam pelo pa�s, no Senado ningu�m abre o jogo


postado em 31/01/2013 06:00 / atualizado em 31/01/2013 07:03

Enquanto a C�mara estendeu at� as 22h do pr�ximo domingo o prazo de inscri��o para os interessados em disputar a Presid�ncia da Casa – j� est�o confirmados Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Rose de Freitas (PMDB-ES), J�lio Delgado (PSB-MG) e, possivelmente, Chico Alencar (PSOL-RJ) – , Renan Calheiros (PMDB-AL) sai da toca nesta quinta-feira, quando, finalmente, anunciar� o que todo mundo sabe h� dois anos: que � candidato a suceder Jos� Sarney (PMDB-AP) no comando do Congresso. Far� isso �s 17 h, pouco mais de 12 horas antes da elei��o.


Os deputados candidatos j� viajaram pelo pa�s inteiro de avi�o – fretado, emprestado ou de carreira. Henrique Alves, por exemplo, percorreu 14,4 mil quil�metros, passando por 11 capitais, com combust�vel pago pelo PMDB a valores n�o revelados. Os panfletos de propaganda foram impressos e distribu�dos junto com as 5,9 mil c�pias do livro que o deputado editou sobre sua atua��o parlamentar. O valor total da impress�o foi de R$ 25,9 mil. J�lio Delgado (PSB-MG) acumulou 18 mil quil�metros voados por 10 capitais, mas pagou as viagens com dinheiro do pr�prio bolso. Distribuiu 2 mil folders, que custaram R$ 1,4 mil. Rose de Freitas ficou em Bras�lia, mandou imprimir 2 mil panfletos e posicionou 40 cavaletes e 30 faixas nas superquadras onde os deputados moram.


Renan, na surdina, distribuiu cargos, dividiu comiss�es, repartiu relatorias, telefonou para gabinetes. Para evitar turbul�ncias como a den�ncia feita semana passada pelo procurador-geral da Rep�blica, Roberto Gurgel, ressuscitando o esc�ndalo das notas frias de venda de gado para justificar o pagamento de contas pessoais, esperou at� o limite extremo para, segundo um integrante da Casa, “colocar a cabe�a para fora a salvo de receber muita pancada”.


“A candidatura de Renan � clandestina e subterr�nea”, protestou a l�der do PSB no Senado, L�dice da Mata (BA). O partido dela divulgou ontem uma nota para lembrar que a popula��o brasileira est� insatisfeita com os pol�ticos e que o Senado ajuda a refor�ar essa impress�o. “Os cidad�os e cidad�s, com toda a justeza, queixam-se da inefici�ncia, do desrespeito � �tica, da falta de uma maior sintonia com as grandes aspira��es da na��o”, diz um trecho da nota, que praticamente tira do balaio do l�der peemedebista os quatro votos da bancada do PSB. “� a tend�ncia, mas como dizer isso agora, se o Renan n�o assume que � candidato?”, provocou L�dice da Mata.


Articula��o


Aliados de Renan afirmam que a disputa do Senado n�o � festiva como na C�mara. Lembram que n�o h� necessidade de outdoors, panfletos ou corpo a corpo. Renan est� escondido, ligando para cada um dos senadores. E aposta na pr�pria atua��o no passado recente. “Renan virou um grande despachante, fazendo tudo para todo mundo. Ao se colocar como candidato, as pessoas, naturalmente, v�o se lembrar do que ele fez por cada uma”, disse um integrante da tropa de choque do senador alagoano. Antes do an�ncio, um retoque interno. Pessoalmente, ele definiu que Eun�cio Oliveira (CE) ser� o novo l�der da bancada e que Romero Juc� (RR) ocupar� a vaga de segundo vice-presidente da Mesa da Casa e vice-l�der da bancada.


Os dissidentes da candidatura Renan tamb�m adiaram ao m�ximo a defini��o de quem vai concorrer com o peemedebista. A decis�o ser� tomada hoje, �s 10h, em reuni�o no gabinete do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). O mais prov�vel � que o candidato seja Pedro Taques (PDT-MT), mas o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) ainda n�o desistiu de disputar o cargo m�ximo do Senado. “O tempo mostrou que a nossa t�tica de adiar a escolha foi prof�cua. A nota da bancada do PSB, sinalizando que n�o votar� em Renan, mostra que cada vez mais senadores n�o querem tomar uma decis�o destoante do sentimento das ruas”, declarou Randolfe.


Nessa quarta-feira � tarde, cerca de 20 manifestantes fizeram um protesto em frente ao Congresso Nacional. Impedidos pela seguran�a do Poder Legislativo de lavar a rampa, numa faxina para “limpar a Casa”, os manifestantes fincaram vassouras no gramado para defender que o Senado tenha um presidente ficha-limpa.


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