Bras�lia - Ao empossar nesta quinta-feira os novos integrantes da Comiss�o Nacional de Incentivo � Cultura (Cnic), a ministra da Cultura, Marta Suplicy, rebateu as cr�ticas de que o trabalhador vai usar o Vale-Cultura "para gastar o dinheiro com outras coisas". Ela citou que no �nicio do Programa Bolsa Fam�lia se a ideia era "comprar iogurte", por exemplo, depois adotou-se o h�bito de comprar produtos b�sicos de alimenta��o.
No evento, a ministra pediu aos representantes dos diversos segmentos da �rea cultural que sejam "generosos com os grupos que t�m menos recursos", para que eles tenham a oportunidade de levar sua arte para o p�blico. A Cnic � integrada por representantes de todos os ramos da cultura (m�sica, teatro, cinema e etc), com mandato bienal. Para a ministra, os membros da Cnic e demais representantes do setor cultural devem usar da melhor forma o dinheiro p�blico para apoio e fomento da cultura no pa�s.
Sobre os recursos do Fundo Nacional de Cultura que v�o ser repassados por meio do Plano Nacional de Cultura, Marta Suplicy explicou que ir�o diretamente para as cidades que aderirem ao plano. Para isso, � preciso que as cidades tenham planos de gest�o criando conselho local de organiza��o. Um dos objetivos do plano � revitalizar a diversidade cultural nos munic�pios. "Temos que nos preparar culturalmente para a Copa do Mundo e para as Ol�mpiadas, de forma a mostrar com compet�ncia aos turistas estrangeiros que temos muito o que mostrar al�m do futebol, das praias e do samba", defendeu a ministra. O plano foi apresentado nessa quarta-feira pela ministra no Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas.
Para o presidente da Funda��o Ita� Cultural, Eduardo Saron, o plano "ser� uma nova revolu��o para o mundo da cultura e a Cnic ter� papel muito importante no cumprimento das metas tra�adas para os pr�ximos dez anos". O ator Odilon Wagner, presidente da Associa��o de Produtores de Teatro Independentes de S�o Paulo, ressaltou o papel da Cnic: "O meio cultural percebe os efeitos da atua��o da comiss�o nos �ltimos tempos, pois est� estabelecido hoje um di�logo que antes era escasso, assim como os recursos financeiros".