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Estado de Minas

Jovens usam rede social para participar da pol�tica

Seja para discutir temas nacionais, fiscalizar a aplica��o de recursos p�blicos ou apenas protestar, jovens em todo o pa�s usam as redes sociais como ferramenta de mobiliza��o


postado em 11/02/2013 00:12 / atualizado em 11/02/2013 11:11

A ampla sala da Casa 14 de um conjunto residencial do Lago Sul, em Bras�lia, n�o recebe mob�lia definitiva h� mais de um ano. A brancura das paredes � quebrada por cartazes de manifesta��es e bandeiras de movimentos sociais dispostos no ambiente. As bandeiras dos movimentos Sem Terra e Sem Teto dividem espa�o com um cartaz de cores verde e rosa, onde o s�mbolo do sexo masculino � adornado pelas palavras “homem, deixe o feminismo te libertar”. Em um trip� mais adiante, um banner ostenta o slogan dos jovens moradores da Casa 14: “Imaginar para revolucionar”. Com menos de 26 anos, integram o Brasil e Desenvolvimento (B&D), grupo pol�tico nascido no universo estudantil da Universidade de Bras�lia (UnB), sonhavam interferir na realidade pol�tica e social do Brasil. “Revolu��o”, dizem, “� lutar por uma nova pol�tica, mais inclusiva e participativa, mais justa e mais humana”. O campo de luta � a rede mundial de computadores.

“A internet � fundamental. � nossa principal ferramenta de articula��o e participa��o pol�tica. L�, postamos v�deos que suscitam discuss�es, publicamos artigos e nos conectamos com outras pessoas e at� com outros coletivos, o que nos ajuda a montar e participar de a��es mais amplas”, disse Edemilson Paran�, jornalista, mestrando em sociologia e analista de comunica��o do Minist�rio P�blico da Uni�o, militante do B&D.

A ferramenta preferida desses coletivos s�o as redes sociais. � nelas que o grupo recifense Direitos Urbanos (DU) se organiza, promove discuss�es, recebe sugest�es e disponibiliza artigos que fomentam as a��es. A mais conhecida � a luta para evitar que um cart�o-postal da capital pernambucana, o Cais Jos� Estelita, hoje ocupado por armaz�ns h� muito em desuso, d� lugar a 13 edif�cios com at� 37 andares. A obra, defendem, alteraria irremediavelmente a paisagem, impactaria o tr�nsito e impediria o uso coletivo do espa�o. N�o ser� surpresa se o empreendimento de fato for constru�do, apesar dos protestos. Mas o DU conseguiu — por meio de discuss�es on e off-line, da participa��o massiva em audi�ncias p�blicas, dos atos apelidados de Ocupe Estelita – acionar o Minist�rio P�blico, pautar a imprensa e chamar a aten��o da sociedade recifense para o assunto.

Informa��o

Tamb�m nascido da vontade de provocar mudan�as, um outro grupo, o Transpar�ncia Hacker, acredita no poder do conhecimento e trabalha coletivamente para munir a sociedade com informa��o. Com bra�os em S�o Paulo, Bel�m e Bras�lia, trabalham para transformar dados crus, desconexos em textos pass�veis de interpreta��o pelo cidad�o comum. O grupo de Bras�lia reuniu, por exemplo, todas as emendas parlamentares rubricadas pelos deputados distritais em 2012 e montou um mapa geolocalizado que permite que o usu�rio saiba para quais a��es os recursos est�o sendo direcionados, possibilitando a consulta por regi�o administrativa do Distrito Federal. O resultado est� no site www.eufiscalizo.com.br. Agora, eles est�o fazendo o mesmo com as emendas de 2013. O resultado est� sendo publicado no emendas.crowdmap.com. “A palavra hacker foi deturpada. Hacker � aquele que revela o que est� velado, partindo do conceito de que o conhecimento pertence a toda a humanidade”, argumenta um dos militantes, D�nis Lima, de 37 anos.


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