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Estado de Minas

CPI ouvir� acusados de tr�fico de pessoas na regi�o da usina de Belo Monte

Funcion�rios de boate foram presos sob acusa��o de integrar um esquema de prostitui��o para atender o canteiro de obras da hidrel�trica. Deputado afirma que h� outros casos ainda n�o descobertos pela pol�cia


postado em 15/02/2013 14:28 / atualizado em 15/02/2013 15:05

Altamira, no Pará, recebeu um fluxo de 50 mil pessoas em poucos meses(foto: Reuters/Handout)
Altamira, no Par�, recebeu um fluxo de 50 mil pessoas em poucos meses (foto: Reuters/Handout)

A Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) do Tr�fico de Pessoas dever� aprovar, na pr�xima ter�a-feira (19), a convoca��o de um gar�om e do gerente da boate Xingu, de Altamira (PA), presos pela pol�cia local sob acusa��o de integrar um esquema de prostitui��o ilegal para atender principalmente trabalhadores do canteiro de obras da usina hidrel�trica de Belo Monte.

Durante a opera��o, segundo a pol�cia, foram libertadas seis mulheres que estariam sendo mantidas em c�rcere privado. Outras dez mulheres disseram que estavam l� por vontade pr�pria. A opera��o policial ocorreu em raz�o de den�ncia de uma adolescente de 16 anos ao Conselho Tutelar. Ela disse que estava presa no local e que havia conseguido fugir.

A data dos depoimentos ainda ser� marcada. O presidente da CPI, deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), disse que duas das v�timas tamb�m dever�o ser ouvidas no mesmo dia. Ele considera que o envolvimento da CPI nas investiga��es se justifica pelo fato de haver ind�cios de uma rede de tr�fico de pessoas, que seriam mantidas em c�rcere privado e obrigadas a se prostituir para pagar supostas despesas.

Rede criminosa
“Essas mo�as s�o do Rio Grande do Sul, do Paran� e de Santa Catarina. Foram de van para Altamira. Ficaram seis dias na estrada para chegar at� Altamira. Portanto, h� todos os ind�cios de que h� uma rede criminosa extremamente organizada operando esse tipo de aliciamento, esse tipo de crime”, disse Jordy.

O deputado afirma tamb�m que h� outros casos ainda n�o descobertos pela pol�cia. “N�s temos not�cias de que n�o � um caso isolado. Depois da implanta��o do projeto de Belo Monte em Altamira, na regi�o do Xingu, o n�mero de boates dessa natureza, boate/prost�bulo, quase que quintuplicou. N�s t�nhamos – segundo os movimentos sociais de l�, que nos informaram ontem � noite – umas duas, tr�s, talvez quatro boates dessa natureza, e hoje h� mais de 20”, afirmou.

Para Arnaldo Jordy, est� ocorrendo em Altamira uma “trag�dia anunciada”. Segundo ele, o governo federal havia sido alertado de que ocorreriam problemas desse tipo, mas n�o tomou provid�ncias.

Grande fluxo migrat�rio
“Uma cidade de 82 mil habitantes no entorno de Altamira, que � um munic�pio-polo, de repente recebe, em seis meses, 50 mil pessoas no fluxo migrat�rio, o que duraria historicamente de 10 a 15 anos para acontecer, sendo a grande maioria – 80% – de homens. No estado, o n�mero de policiais, de assistentes sociais, de m�dicos, de col�gios � o mesmo, enfim, a estrutura log�stica do estado � a mesma, e a cidade recebe 50 mil pessoas de uma hora para a outra. Evidente que o caos vai ser instalado”, observou.

Depois de ouvir os depoimentos, em Bras�lia, integrantes da CPI pretendem ir a Altamira para prosseguir as investiga��es. O objetivo da comiss�o, segundo o deputado Jordy, � auxiliar a investiga��o policial e alertar o governo sobre os efeitos colaterais negativos das grandes obras, para evitar que se repitam no futuro.

“Arma��o”
O empres�rio Ad�o Rodrigues, dono da boate denunciada, afirmou, em entrevista � imprensa local, que a opera��o foi "arma��o" por n�o ter permitido que a adolescente autora da den�ncia trabalhasse no estabelecimento, ao descobrir que ela era menor de 18 anos. Considerado foragido pela pol�cia, ele disse que vai se apresentar quando seu advogado chegar � cidade.


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