O ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, disse nesta ter�a-feira que a falta de gest�o em seguran�a p�blica � um problema maior do que a car�ncia de recursos na �rea. “� claro que a seguran�a p�blica precisa de dinheiro. E n�o de pouco [dinheiro], mas eu ousaria dizer que, historicamente, no Brasil, um dos principais problemas das pol�ticas de seguran�a p�blica tem a ver com a gest�o”, disse o ministro, acrescentando que o “empirismo”, a falta de informa��es precisas, resulta em a��es mal-sucedidas e desperd�cio de dinheiro p�blico.
O objetivo dos estudos � orientar a formula��o de pol�ticas de seguran�a p�blica mais eficientes a partir de informa��es sobre criminalidade, efetivo, equipamentos, entre outros diagn�sticos fornecidos pelos governos estaduais. A meta � superar o quadro atual, em que, segundo o pr�prio minist�rio, cada unidade da Federa��o usa conceitos, crit�rios e metodologias pr�prios para quantificar e analisar a criminalidade, impossibilitando a consolida��o de n�meros nacionais com maior precis�o.
Durante o evento, o ministro voltou a criticar o “corporativismo” de policiais, promotores, ju�zes e outros agentes de seguran�a p�blica que, na avalia��o dele, compromete a resolu��o dos problemas da �rea.
“Infelizmente, h� corpora��es que disputam espa�o. Isso � absolutamente leg�timo, [desde que] n�o comprometa o interesse p�blico”, disse o ministro, citando, como exemplo, disputas entre as pol�cias militares e civis de alguns estados e entre promotores e magistrados.
“Disputas que, �s vezes, v�o al�m do que o interesse p�blico permitiria. Outras vezes h� disputas entre o Minist�rio P�blico e a magistratura, levando a situa��es absolutamente nocivas. �s vezes, como na Pol�cia Federal, h� disputas entre diferentes carreiras [do mesmo �rg�o]”, disse Cardozo.