Em �poca de articula��o dos partidos para as mudan�as nos minist�rios da presidente Dilma Rousseff, a Secretaria de Assuntos Estrat�gicos (SAE), ocupada pelo ex-governador do Rio e ex-deputado Wellington Moreira Franco, � o s�mbolo da insatisfa��o do PMDB com os cargos no primeiro escal�o. Sem potencial eleitoral, ele � chamado �s vezes de “minist�rio do futuro”: faz estudos sobre temas diversos e produz propostas de pol�ticas p�blicas, mas n�o executa as a��es e acaba ofuscada pelos minist�rios executores.
A queixa no PMDB n�o � com as fun��es do minist�rio, mas com sua falta de peso pol�tico. “Chamar a SAE de minist�rio � piada. A diferen�a entre o status de minist�rio da SAE e sua real dimens�o � a mesma entre o poder que acham que o PMDB tem e o que o partido tem na pr�tica”, diz o l�der do partido na C�mara, Eduardo Cunha (RJ).
A SAE � apenas um exemplo. Os peemedebistas t�m-se queixado por terem cinco minist�rios, mas nenhum deles de grande express�o. E para decep��o de muitos, no s�bado (02), a presidente Dilma, convidada da conven��o do PMDB, em Bras�lia, fez seguidos elogios ao partido e a seu l�der, o vice-presidente Michel Temer - mas nada falou sobre repetir com ele, em 2014, a dobradinha PT-PMDB.
“A SAE poderia ser um belo instrumento se participasse de fato da formula��o. O que importa � a miss�o pol�tica que se d� ao cargo. N�o vamos brigar por minist�rio, mas para participar das decis�es. O minist�rio do Gilberto Carvalho (chefe da Secretaria-Geral da Presid�ncia da Rep�blica), por exemplo, n�o executa a��es mas � ouvido”, comparou Cunha.
Ligado ao vice-presidente Michel Temer e representante do PMDB na campanha de Dilma em 2010, Moreira evita comentar o prest�gio da pasta. Prefere destacar os seus focos de aten��o - primeira inf�ncia, sustentabilidade da classe m�dia, est�mulo ao investimento em florestas plantadas. O ministro tem profissionais experientes sob seu comando. O economista Ricardo Paes de Barros, um dos maiores especialistas no estudo da pobreza, � o secret�rio de A��es Estrat�gicas.