O governador de S�o Paulo, o tucano Geraldo Alckmin, afirmou que a longa desacelera��o econ�mica e a crescente infla��o no Brasil d�o ao PSDB uma chance maior de derrotar a presidente Dilma Rousseff, do PT, nas elei��es do ano que vem. "O Brasil se tornou caro antes de se tornar rico", disse, em entrevista � Dow Jones.
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,9% em 2012, ante 2,7% no ano anterior, apesar dos esfor�os do governo para motivar o crescimento. Essa foi a pior performance do Pa�s desde 2009. Enquanto isso, a infla��o continua alta e economistas avaliam se o Banco Central ter� que elevar a taxa b�sica de juros, a Selic, para ajudar no controle de pre�os. Atualmente em 7,25%, a Selic est� em sua m�nima hist�rica, mas a infla��o encerrou 2012 a 5,84%, bem acima da meta de 4,5% do governo.
A expectativa � de que Dilma Rousseff se candidate a um segundo mandato em 2014. As pesquisas mostram que o ex-governador de Minas Gerais, o tucano A�cio Neves, � quem tem mais chances de derrotar a petista no ano que vem. "O processo de sucess�o no Brasil est� se movendo muito rapidamente e isso � um erro", ressaltou Alckmin. No entanto, ser� complicado derrotar Dilma, cuja aprova��o popular tem beirado os 60%.
'Poucas vozes'
Apesar de se recusar a falar sobre seus planos para o futuro, Alckmin afirmou que A�cio � um bom candidato, acrescentando que apoiar� o senador se ele decidir concorrer � Presid�ncia da Rep�blica. Segundo o governador de S�o Paulo, uma decis�o oficial do PSDB sobre o assunto ser� tomada no fim do ano.
Alckmin ressaltou que o Brasil tem "muitos partidos pol�ticos e poucas vozes". "Ningu�m quer ser a oposi��o, al�m de n�s. Todos os outros se juntaram ao governo", disse, frisando a necessidade urgente de uma reforma pol�tica para reduzir o n�mero de partidos no Pa�s. "N�o existe outra democracia no mundo com 30 grupos pol�ticos diferentes. Nem vou cham�-los de partidos."