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Estado de Minas

Mulher de Renan Calheiros lucra 69% em 4 meses


postado em 20/03/2013 08:01 / atualizado em 20/03/2013 09:42

Bras�lia, 20 - Novo documento obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo revela que a Tarum� Empreendimentos Imobili�rios Ltda., a “empresa rel�mpago” do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), distribuiu R$ 200 mil de lucro para Maria Ver�nica Calheiros, mulher do senador, apenas quatro meses ap�s a artista pl�stica injetar R$ 290 mil em seu capital. Um lucro de 69% - na �poca, a taxa b�sica de juros era de 12,5% ao ano.

Sem nenhuma opera��o registrada, a Tarum� encerrou suas atividades em 16 de novembro de 2011, nove meses ap�s ser registrada na Junta Comercial do Distrito Federal. Com o fim da Tarum�, Ver�nica recebeu R$ 498.284 em lucro e na restitui��o do investimento. Dois filhos do casal, Rodolfo e Rodrigo, tamb�m s�cios na empresa, receberam R$ 833 cada.

Considerado alto por especialistas em lavagem de dinheiro, o lucro l�quido obtido em t�o pouco tempo coloca sob suspeita as opera��es financeiras e cont�beis da empresa - que, em menos de um ano, movimentou ao menos R$ 500 mil. Aberta depois das elei��es de 2010, a Tarum� teria funcionado em uma sala no Lago Sul de Bras�lia.

O procurador-geral da Rep�blica, Roberto Gurgel, est� desde a semana passada mergulhado na an�lise das atividades da empresa. �s v�speras da elei��o para o Senado, Gurgel denunciou Renan Calheiros ao Supremo Tribunal Federal (STF) por peculato, falsidade ideol�gica e uso de documentos falsos.

O inqu�rito est�, atualmente, no gabinete do ministro Ricardo Lewandowski. Renan, que prega a transpar�ncia desde que assumiu a Casa pela segunda vez, se nega a esclarecer as atividades da Tarum�, alegando sempre se tratar de atividade privada.

O contrato social da empresa registrado na Junta Comercial do Distrito Federal prev� a explora��o de empreendimentos imobili�rios, como loca��o, compra e venda de im�veis pr�prios e participa��es societ�rias. No entanto, n�o foram localizados im�veis ou corretores registrados em nome da empresa ou de nenhum de seus s�cios.

A empresa foi registrada em 22 de fevereiro de 2011 em nome do senador e de seus dois filhos. Cinco meses ap�s a constitui��o, Renan deixou a sociedade e deu lugar � esposa, que turbinou o capital da empresa de R$ 10 mil para R$ 300 mil.

Sem renda fixa e casada em comunh�o parcial de bens, Ver�nica Calheiros integralizou em “moeda corrente” o valor de R$ 290 mil no capital da empresa em 21 de julho de 2011. Quatro meses mais tarde, a Tarum� encerrou suas atividades. A extin��o foi registrada na Junta Comercial do Distrito Federal em 16 de novembro de 2011.

A �ltima declara��o de bens p�blica apresentada pelo senador informa que ele tem um patrim�nio de R$ 2,1 milh�es. Na declara��o ele menciona um apartamento em Macei�, uma casa em Barra de S�o Miguel e R$ 3 mil em contas banc�rias.

A opera��o foi assistida por Bruno Mendes, advogado e assessor comissionado de Renan no Senado. Mendes tornou-se figura conhecida em 2007, depois de aparecer associado ao esc�ndalo de empreiteiras que, a pedido do parlamentar, bancavam despesas da jornalista M�nica Veloso, com quem Renan tem uma filha. Bruno se negou a esclarecer as atividades da Tarum�.

Evolu��o de renda

Nas investiga��es feitas pelo Conselho de �tica do Senado, laudos da Pol�cia Federal e dados da Receita Federal atestavam a incapacidade financeira do senador e de seus familiares diante da evolu��o patrimonial registrada nas declara��es de imposto de renda. Os sinais, segundos os investigadores, eram de patrim�nio descoberto. As contas sugeriam que, com os recursos que alegava possuir, o senador n�o teria como pagar despesas pessoais e mais os valores repassados � jornalista M�nica Veloso.

Em nota divulgada no dia 12 de mar�o, ap�s a publica��o da reportagem pelo Estado, o presidente do Senado informou que “todos os aspectos fiscais e empresarias dos contribuintes Renan, sua esposa e seus filhos est�o devidamente registrados perante os �rg�os oficiais de controle.” Sobre a den�ncia do procurador-geral da Rep�blica, o presidente do Senado afirma ser o maior interessado no “desenlace” da quest�o. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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