
Poder� ser anunciada nesta quinta-feira a senten�a da Justi�a Eleitoral a respeito da cassa��o do mandato do presidente da C�mara Municipal de Belo Horizonte, vereador L�o Burgu�s (PSDB). O recurso do Minist�rio P�blico Estadual pedindo a cassa��o do mandato de Burgu�s por abuso do poder econ�mico e pol�tico est� na pauta de hoje da sess�o de julgamento do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), marcada para 17 horas.
Reeleito vereador em outubro de 2012 e reconduzido, em janeiro passado, � presid�ncia da C�mara de Belo Horizonte, Burgu�s teve seu mandato cassado, no �ltimo dia 19 de fevereiro, pelo juiz Manoel dos Reis Morais, do TRE-MG. A decis�o, no entanto, foi revogada pelo tamb�m juiz eleitoral Maur�cio Ferreira, que teve ainda a liminar concedida confirmada pela corte eleitoral, na �ltima ter�a-feira, por quatro votos a zero.
A a��o movida pelo promotor Eduardo Nepomuceno contra Leo Burgu�s pede a cassa��o do mandato e a inelegibilidade do pol�tico por oito anos por considerar que o tucano agiu em desacordo com a lei eleitoral ao ordenar despesas da C�mara com propaganda oficial, incluindo a dele pr�prio, no ano em que tamb�m disputava a reelei��o ao cargo de vereador.
Defesa
O presidente da C�mara Municipal de Belo Horizonte, vereador L�o Burgu�s, justificou como “erro matem�tico” as alega��es contidas na a��o pedindo a cassa��o do mandato. “Houve um equ�voco no c�lculo. Erros acontecem, mas quando for feita a per�cia e os n�meros forem analisados, veremos que o c�lculo est� errado”, afirmou Burgu�s, na �poca em que teve o mandato cassado pelo juiz Manoel dos Reis Morais.
Na senten�a, que apontou abuso de poder pol�tico e econ�mico na disputa eleitoral por Burgu�s, o juiz cita uma m�dia anual de R$ 1,8 milh�o, gastos nos �ltimos tr�s anos para a divulga��o das atividades da C�mara de Belo Horizonte. No ano passado, entretanto, segundo o magistrado, esse valor alcan�ou R$ 2,7 milh�es, quase R$ 1 milh�o a mais que a m�dia.
L�o Burgu�s rebateu os n�meros que serviram de base para a a��o do Minist�rio P�blico Estadual e apresentou valores diferentes. “A C�mara gastou nos �ltimos tr�s anos R$ 9,3 milh�es. O que daria uma m�dia de R$ 3,1 milh�es por ano. No ano passado, gastamos R$ 2,7 milh�es, ou seja, R$ 400 mil a menos do que poder�amos ter gasto”, disse o tucano.