S�o Paulo, 26 - Poucos meses ap�s o fim do julgamento do mensal�o pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e com lideran�as do seu partido e de legendas aliadas aguardando recursos para escapar da pris�o, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva defendeu nesta ter�a-feira a realiza��o de uma Assembleia Nacional Constituinte exclusiva para a discuss�o de uma reforma pol�tica. "Se o Congresso n�o aprovar a reforma, ter�amos de ter uma Constituinte s� para isso", disse o petista, durante o semin�rio "Novos Desafios da Sociedade", realizado em S�o Paulo.
O ex-presidente cobrou que uma eventual reforma pol�tica torne crime inafian��vel o financiamento privado de campanha. "N�o pode ter mais partido de aluguel, legenda s� para ganhar espa�o na TV", disse. "� preciso ter partidos mais fortes e representativos e pol�ticos que n�o t�m medo de conversar com o povo", afirmou, reafirmando a defesa do financiamento p�blico de campanha.
De forma indireta, Lula criticou as campanhas que levaram � Presid�ncia da Rep�blica Fernando Collor de Mello, hoje senador aliado ao governo petista da presidente Dilma Rousseff, e J�nio Quadros (1917-1992), eleitos com enf�ticos discursos de combate aos corruptos. "Tome cuidado quando algu�m defende o combate � corrup��o como bandeira porque pode ser pior", aconselhou.
J� em rela��o � campanha que deu o primeiro mandato presidencial a Fernando Henrique Cardoso, Lula fez um raro elogio ao tucano, ao destacar que a bandeira de combate � corrup��o n�o foi o fator preponderante na disputa eleitoral. "A primeira elei��o do Fernando Henrique Cardoso foi um avan�o para a democracia no Pa�s", afirmou.