A base do governador Antonio Anastasia (PSDB) tem quatro nomes para disputar a sucess�o, mas a escolha daquele que vai tentar manter os tucanos ou seus aliados no Pal�cio Tiradentes por mais quatro anos depende da constru��o de acordos e alian�as no plano federal, onde o senador A�cio Neves caminha para ser o candidato do PSDB � Presid�ncia. "O projeto nacional de A�cio � irrevers�vel, consolidado e passa pela presid�ncia do partido, que ele assumir� em maio", afirma Marcus Pestana, apesar dos percal�os que A�cio ainda enfrenta em seu partido, com o grupo serrista. “Ele � o pol�tico mais influente de Minas, coloca o estado no cora��o das decis�es nacionais, o que remete o imagin�rio mineiro a Juscelino Kubistchek e a Tancredo Neves”, acrescenta.
Se no campo nacional ainda h� nuvens no PSDB, em Minas os tucanos avaliam que A�cio n�o poder� errar na disputa estadual. Ele conduzir� o processo e � chamado de “l�der” por seus aliados. “Em Minas s�o 12 anos de governo com aprova��o grande, que se completar�o em 2014. H� muita coisa para mostrar e temos A�cio alavancando o nosso palanque”, avalia ainda o presidente estadual do PSDB.
“As nossas lideran�as, o senador A�cio e o governador Anastasia, � que dever�o conduzir o processo”, considera o vice-governador Alberto Pinto Coelho. Como “trunfo” em defesa de sua pr�-candidatura que considera “natural”, ele tenta puxar para o palanque nacional de A�cio o apoio sen�o formal do PP, que est� no governo Dilma e dificilmente o deixar�, palanques regionais em que a sua legenda ter� candidatura pr�pria, como no Rio Grande do Sul, no Piau� e em Alagoas.
Enquanto tucanos tentam definir um nome, no PMDB mineiro, pelo momento, h� consenso. De cada 10, nove anunciam a candidatura do senador Cl�sio Andrade ao governo estadual. Mas h� muitas vari�veis em curso que inflam a probabilidade de que as coisas mudem. A primeira delas est� no DNA da sigla. A tradicional “flexibilidade” tanto poder� levar o partido em Minas a conversar com o PT de Fernando Pimentel, como desejaria Dilma Rousseff, como tamb�m com o PSDB. Al�m disso, Cl�sio foi eleito vice de A�cio Neves em 2002, na ocasi�o pelo extinto PFL, � �poca desbancando a pretens�o do deputado federal Carlos Melles. Cl�sio � hoje senador por obra da composi��o com o tucano em 2006, quando, j� no PR, foi inclu�do como primeiro suplente na chapa de Eliseu Resende (DEM) ao Senado. Nessa composi��o tamb�m foi considerada a nomea��o de sua esposa, Adriene Andrade, conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Presidente do TCE, Adriene chegou portanto, ao TCE pelo m�rito de sua trajet�ria, mas tamb�m, pela caneta tucana.
Outra novidade esperada pelo PMDB mineiro � a filia��o do empres�rio Josu� Gomes da Silva, filho do ex-presidente da Rep�blica Jos� Alencar Gomes da Silva. Conduzida por Lula, a articula��o tem potencial para mudar o quadro sucess�rio no campo da oposi��o ao governo de Minas. Mas, pelo momento, Josu� analisa. E aguarda. Como o pai, aprendeu rapidamente a velha li��o de Magalh�es Pinto.