
Os primeiros lances foram dados. O PMDB de Minas anunciou o que nos bastidores j� era sabido. A presen�a do deputado federal Ant�nio Andrade (PMDB-MG) na Esplanada dos Minist�rios, mais especificamente na Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento, consolida o apoio � reelei��o de Dilma Rousseff (PT). No estado, entretanto, a legenda diz que ter� candidatura pr�pria ao governo de Minas e j� sabe o nome: o do senador Cl�sio Andrade. Se realmente ser�, � outra hist�ria. Pelo momento, � o primeiro passe do PMDB em Minas. Os petistas tamb�m est�o em campanha . Estimulado a concorrer pela presidente, o ministro da Ind�stria, Desenvolvimento e Com�rcio Exterior, Fernando Pimentel (PT), intensificou os movimentos nos �ltimos dias: al�m de ter se tornado principal estrela da propaganda partid�ria do PT no estado, come�ou a percorrer cidades importantes do interior: Juiz de Fora, Montes Claros.
No campo da influ�ncia tucana no estado, as movimenta��es tamb�m ficam mais explicitas. O vice-governador Alberto Pinto Coelho (PP) confirmou a pr�-candidatura na semana passada, endossada pelo senador Ciro Nogueira (PI), que ir� comandar o PP nacional. No pr�prio PSDB, despontam outros pr�-candidatos: o deputado federal e presidente estadual do partido, Marcus Pestana, o presidente da Assembleia Legislativa, Dinis Pinheiro, e o deputado federal e secret�rio de Estado de Ci�ncia e Tecnologia, N�rcio Rodrigues. A hip�tese de eventual candidatura de Andr�a Neves s� se consolidaria se o irm�o e senador n�o disputasse no ano que vem o Pal�cio do Planalto.
O prefeito Marcio Lacerda (PSB) seria outra op��o do grupo tucano que o apoiou na disputa � Prefeitura de Belo Horizonte no ano passado. Mas Lacerda tamb�m � pressionado, no plano nacional, pela dire��o de seu partido, interessada em garantir em Minas um palanque ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que tece caminho para concorrer � Presid�ncia. Lacerda resiste. “Este � um assunto que n�o frequenta as minhas preocupa��es. Quero fazer quatro anos, consolidar um modelo de gest�o com foco em indicadores sub-regionais da cidade”, desconversa. Recentemente, o prefeito da capital desmarcou encontro com Eduardo Campos em Bras�lia. Motivo: a agenda local. Pelo momento a quest�o n�o parece estar na pauta de Lacerda.
Entre as jogadas iniciais das pr�-candidaturas colocadas, uma � certa e j� � apontada por tucanos como aquela em rela��o � qual se dar� o principal enfrentamento pol�tico. Fernando Pimentel aportar� com a miss�o presidencial de construir um s�lido palanque, a partir do qual Dilma Rousseff debater� com o advers�rio tucano A�cio Neves, prov�vel candidato do PSDB ao Pal�cio do Planalto. Dois mineiros na disputa presidencial voltariam, assim, a se bater numa briga regional de contorno nacional.
H� tr�s mandatos governando Minas, o grupo pol�tico do senador mineiro quer, mais do que tudo, manter o territ�rio. O principal eixo ret�rico da campanha regional ser� “continuidade com avan�os, com inova��es”. E muito do material coletado para a campanha nacional do PSDB partir� dos dois primeiros mandatos de A�cio no governo estadual e no governo Anastasia. Se para A�cio eleger o governador de Minas � vital ao seu projeto pol�tico nacional – j� que 2014 se anuncia como uma campanha presidencial que sobretudo mira 2018 – tamb�m para Dilma Rousseff e o PT tentar arrancar o estado dos tucanos � prioridade. Da� que o slogan da campanha petista vai na linha: “Muito mais � poss�vel”.
A eventual disputa entre A�cio e Dilma � carregada de simbologia. Ambos s�o nascidos na terra do p�o de queijo, segundo col�gio eleitoral do pa�s, embora n�o faltem acusa��es m�tuas ou de que fiquem pouco no estado ou de que, muito especificamente dirigida a Dilma, n�o o priorize em seu governo. Em busca do tempo perdido, a presidente petista aumentou com Ant�nio Andrade para dois a cota de mineiros em seu primeiro escal�o, e agora estuda como atrair o PSD mineiro e, ao mesmo tempo a Minas, entregando postos importantes da pasta de Transportes. A este minist�rio Minas Gerais apresenta os seus principais pleitos: solu��es para a decr�pita infraestrutura vi�ria.