S�o Paulo, 08 - O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), avaliou nesta segunda-feira que a falta de uma estrat�gia ampla para a economia por parte do governo federal amea�a os 20 milh�es de empregos criados nos �ltimos 16 anos. Ao chegar em um evento organizado pela For�a Sindical, em S�o Paulo, Campos avaliou que o governo tem adotado a��es t�ticas como, por exemplo, a desonera��o da folha de pagamento sem, no entanto, ter uma estrat�gia de crescimento que mantenha a gera��o de empregos constante.
"Precisamos abrir postos de trabalhos em todos os setores, n�o s� nos servi�os. Uma sociedade como a brasileira precisa ter uma ind�stria forte e competitiva", disse. O governador de Pernambuco voltou a cobrar que regras sobre setores estrat�gicos sejam consolidadas e que o governo agilize a vota��o de novos marcos regulat�rios. "O investimento do setor p�blico vir� na hora em que passarmos confian�a", avaliou.
Ainda, segundo ele, esse ambiente pouco prop�cio para investimento privado � prejudicado pelo avan�o da infla��o. "� preciso que seja contido o processo inflacion�rio porque ele tamb�m tumultua esse ambiente."
Lula
O governador de Pernambuco defendeu o ex-presidente da Rep�blica Luiz In�cio Lula da Silva e afirmou que a abertura de investiga��o contra ele j� foi feita no pr�prio processo do mensal�o. "A Suprema Corte e os seus magistrados n�o apuraram qualquer tipo de envolvimento de Lula, portanto, n�o se deve julgar o caso duas vezes", disse Eduardo Campos, ao chegar a um evento da For�a Sindical, em S�o Paulo, para uma palestra na tarde desta segunda-feira sobre a MP dos Portos.
De acordo com o governador, o pr�prio Minist�rio P�blico e o Congresso Nacional, al�m do STF, j� fizeram as investiga��es no passado, sem apontar o envolvimento do ex-presidente petista no caso do mensal�o. A Procuradoria da Rep�blica no Distrito Federal pediu na �ltima sexta-feira (5) � Pol�cia Federal a abertura de inqu�rito para apurar a acusa��o do empres�rio Marcos Val�rio segundo a qual o ex-presidente Lula teria negociado, no in�cio de seu mandato, repasses ilegais para o PT com Miguel Horta, ent�o presidente da Portugal Telecom. Trata-se do primeiro inqu�rito aberto formalmente para investigar o conte�do do depoimento que Val�rio prestou � Procuradoria-Geral da Rep�blica, em setembro do ano passado.