S�o Paulo, 08 - O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), defendeu nesta segunda-feira a cria��o de uma "pol�tica social 2.0", para que a popula��o tenha acesso aos bens e servi�os p�blicos de qualidade. Aliado do governo federal, mas cotado para ser candidato � sucess�o da presidente Dilma Rousseff, em 2014, Campos criticou diretamente as a��es de incentivo ao consumo por meio da garantia de renda, uma das bandeiras do PT, iniciada ainda no mandato do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.
Apesar da antecipa��o do debate sucess�rio e eleitoral, Campos fez quest�o de evitar uma liga��o entre as cr�ticas e a campanha de 2014. "Lamentavelmente, qualquer coloca��o nesse sentido � levada � quest�o eleitoral. Pol�tica � maior que o eleitoral e o eleitoral n�o pode derrotar o debate pol�tico", disse.
Como exemplo dessa pol�tica social 2.0, Campos defendeu investimentos em saneamento e na sa�de preventiva. "A sa�de n�o se faz somente na UTI, se faz no bairro, no saneamento, na preven��o. (...) Estamos quebrando os alicerces da pol�tica em sa�de", avaliou o governador.
Campos lembrou que 96% dos munic�pios brasileiros n�o conseguem fazer conv�nios com a Uni�o e voltou a defender um novo pacto federativo. Ele criticou a pol�tica energ�tica brasileira e a utiliza��o de t�rmicas a carv�o e a �leo para compor a oferta de energia com a redu��o nos n�veis das hidrel�tricas. "O governo ter� de bancar isso com R$ 14 bilh�es do or�amento fiscal deste ano", criticou.
Durante uma sess�o de perguntas dos presentes, o governador voltou a pedir cuidado com a infla��o, porque se a meta (de 6,5% ao ano para o IPCA) for rompida, a distribui��o de renda ser� atingida. Ele se mostrou contra qualquer forma de controle da m�dia, apesar de avaliar que h� membros do PSB favor�veis. "Quem faz controle da m�dia � o leitor. Sou contr�rio porque eu vi bem de perto o que custa a aus�ncia de liberdade, o que � a censura".
Campos agradou ainda a plateia, formada por sindicalistas, e pediu que os dirigentes, como o presidente da For�a Sindical e deputado federal, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), "coloquem os olhos dos trabalhadores" nessas quest�es. "Quando a coisa d� errada, n�s sabemos onde o pau quebra primeiro: nos trabalhadores assalariados, nos que chegaram agora ao mercado de trabalho", concluiu.