Assim com o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), o governo do estado volta suas aten��es para melhorar o atendimento aos atingidos pela longa estiagem, anunciando a cria��o de uma estrutura voltada para a realiza��o de estudos e projetos que permitam a conviv�ncia com a seca, j� levando em conta os efeitos das mudan�as clim�ticas. Esse trabalho ser� desenvolvido por uma subsidi�ria da Companhia de �gua e Saneamento (Copasa), a Copasa Estudos e Projetos contra a Seca, que ser� criada em substitui��o � atual Copasa Irriga��o, que cuida do fornecimento de �gua para agricultores do Projeto Ja�ba, no Norte de Minas.
A informa��o foi dada ontem pelo governador Antonio Anastasia (PSDB) durante reuni�o gerencial em Montes Claros, no Norte de Minas, onde foram apresentadas as a��es governamentais realizadas para a regi�o: em destaque as medidas de combate � seca, que atinge 168 munic�pios do Norte e dos vales do Jequitinhonha e do Mucuri. O governador reconheceu que o estado depende do governo federal para executar as a��es estruturantes, sobretudo as barragens de m�dio e grande porte. Minas Gerais luta para abocanhar maior fatia de recursos dentro do pacote de R$ 9 bilh�es anunciado pela presidente Dilma, na semana passada, durante reuni�o do Conselho Deliberativo da Superintend�ncia do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), em Fortaleza, que discutiu os efeitos da falta de chuvas nos estados nordestinos e no semi�rido mineiro.
Anastasia revelou que j� encomendou estudos, visando � cria��o da “Copasa da Seca”, n�o restringindo as a��es ao aluguel de caminh�es-pipa e � distribui��o de cestas b�sicas aos flagelados, medidas emergenciais que se repetem a cada ano, sem atacar o principal problema. “Percebemos que, lamentavelmente, n�o estamos conseguindo enfrentar as secas. Elas est�o ficando maiores e mais frequentes, devido �s mudan�as clim�ticas”, argumentou o governador.
A Copasa Irriga��o � uma subsidi�ria da companhia de saneamento que cuida do fornecimento de �gua aos produtores situados no Projeto Ja�ba, criada em 2006, no primeiro mandato do ex-governador A�cio Neves (PSDB). O Executivo estadual dever� encaminhar � Assembleia Legislativa um projeto de lei para transform�-la numa nova empresa que, al�m de estudos e projetos contra a seca, dever� ser respons�vel por planejar a recupera��o e prote��o de nascentes e mananciais, al�m de a��es ambientais que possam garantir a conserva��o e melhoria da oferta de recursos h�dricos, principalmente nas regi�es Norte e nos vales do Jequitinhonha e Mucuri.
Depend�ncia
O governo far� um remanejamento de verbas para a constru��o de barraginhas. Na semana passada, Anastasia pediu � ministra do Planejamento, M�riam Belchior, a libera��o de recursos da Uni�o para a constru��o das barragens de Berizal (munic�pio hom�nimo) e Congonhas (entre os munic�pios de Itacambira e Gr�o Mogol). Ele salientou que, sem o aporte de verbas do governo federal, o estado n�o tem como executar as duas obras, or�adas em R$ 300 milh�es. “Todos os estados brasileiros que combatem a seca dependem fundamentalmente do governo federal. As quest�es relativas � defesa civil, �s grandes cat�strofes, s�o de responsabilidade do governo federal, que, ali�s, na estrutura tribut�ria brasieira, recebe mais verbas do estados e munic�pios”, alegou Anastasia, que reconheceu: “A presidente Dilma tem ajudado Minas Gerais nessa quest�o”.
Choque de gest�o
Ao apresentar as a��es da gest�o da cidadania para o Norte de Minas, o governador Antonio Anastasia disse que iniciativa representa a terceira fase do choque de gest�o”, que come�ou em 2003, no primeiro mandato do governador A�cio Neves (PSDB). “A primeira fase do choque de gest�o foi o equil�brio financeiro do estado. A segunda foi a busca de resultados. Agora, inauguramos a terceira fase, que � a gest�o para a cidadania, com projetos pilotos implementados no Vale do Rio Doce e no Norte de Minas”, afirmou.