
A pr�-candidata para a disputa presidencial em 2014, a ex-senadora Marina Silva desembarcar� em Belo Horizonte no pr�ximo dia 27 para dois dias de coleta de assinatura entre eleitores da capital para a Rede Sustentabilidade, partido que ela lan�ou em fevereiro deste ano. A nova legenda de Marina, que j� foi filiada ao PT e ao PV, depende agora de no m�nimo 500 mil assinaturas para obter o registro definitivo junto ao Superior Tribunal Eleitoral (TSE). E, se Marina quiser emplacar nova candidatura rumo ao Planalto - ela j� tentou chegar l� em 2010 -, o aval dos eleitores deve ser obtido at� um ano antes das elei��es de 2014, ou seja, em outubro deste ano.
De acordo com o coordenador estadual da Rede Sustentabilidade em Minas e membro da Executiva Nacional do partido, ex-deputado federal Jos� Fernando, o partido j� conseguiu em Belo Horizonte reunir 20 mil assinaturas, que se somam �s 128 mil j� coletas em todo o pa�s. Oliveira tamb�m informou que a meta � fechar o m�nimo exigido pela Justi�a Eleitoral at� julho deste ano. Ap�s este m�s, ele adianta que os articuladores da nova legenda est�o planejando a realiza��o de semin�rios “para discutir o Brasil”, com sede nas principais cidades do pa�s – o roteiro ainda n�o est� definido.
Amea�a � Rede
Jos� Fernando Oliveira n�o quis adiantar qual ser� a estrat�gia do partido caso seja aprovado no Congresso Nacional projeto de lei que impede a transfer�ncia do tempo de propaganda eleitoral no r�dio e na televis�o e dos recursos do fundo partid�rio relativos aos deputados que mudam de partido durante a legislatura. O projeto est� em pauta para ser votado em plen�rio nesta quarta-feira, na C�mara dos Deputados. Se aprovado, deve seguir para o Senado.
Alguns parlamentares reclamam que o projeto visa dificultar a candidatura de Marina Silva � Presid�ncia em 2014 e de seu novo partido, a Rede Sustentabilidade. Outros deputados, no entanto, argumentam que ele moraliza o sistema pol�tico. Para justificar, lembram a cria��o do PSD do ex-prefeito de S�o Paulo Gilberto Kassab, criado h� dois anos, que cooptou boa parte dos parlamentares eleitos pelo DEM, e hoje � a terceira maior bancada da C�mara dos Deputados, e usufrui das benesses de maior tempo na propaganda eleitoral e do fundo partid�rio, sem ter eleito um s� parlamentar.
“Trata-se de um casu�smo dessa pol�tica que virou um jogo do poder pelo poder”, disparou Oliveira ao avaliar o projeto de lei de autoria do deputado Edinho Ara�jo (PMDB-SP), que prop�e as mudan�as na propaganda eleitoral e no fundo partid�rio, e que � filiado ao principal partido da base aliado do governo da presidente Dilma Rousseff (PT), pr�-candidata � reelei��o no ano que vem. “Com ex-deputado, sei que nenhum projeto anda na C�mara ou no Senado sem uma interfer�ncia do governo federal”, avalia Oliveira ao comentar os motivos para a apresenta��o desse projeto em per�odo pr�-eleitoral. Para ele, a iniciativa demonstra “uma fragilidade” dos advers�rios da candidatura de Marina Silva. “Que aparece (Marina Silva) em segundo lugar nas pesquisas eleitorais para a Presid�ncia da rep�blica”, justifica.