S�o Paulo, 17 - Um dia ap�s a elei��o de Milton Fl�vio para a presid�ncia do PSDB paulistano, ocorrida em tumultuada vota��o na noite desta ter�a-feira, lideran�as da sigla deixaram evidente que o racha entre as duas principais correntes tucanas em S�o Paulo, a do ex-governador Jos� Serra e a do atual governador Geraldo Alckmin, tende a se ampliar. O vice-presidente do PSDB nacional e ex-governador paulista Alberto Goldman e o secret�rio de Energia de S�o Paulo, Jos� An�bal, voltaram a trocar farpas, ao falarem sobre a eventual quebra do acordo que elegeria o vereador Andrea Matarazzo, ligado ao grupo de Serra, presidente do PSDB de S�o Paulo.
An�bal disse que as cr�ticas de Goldman n�o mereciam ser comentadas porque eram desagregadoras. "O Goldman � uma pessoa amarga e n�o vou comentar as declara��es dele, que s�o desagregadoras e n�o t�m relev�ncia alguma. Goldman � um sujeito amargo e desrespeitoso", afirmou o secret�rio de Energia. Segundo ele, n�o foi poss�vel chegar a um acordo porque o grupo de Matarazzo n�o contemplou os alckmistas na divis�o de cargos, o que � usual. "N�o foi poss�vel chegar a uma converg�ncia. O Andrea (Matarazzo) queria a primeira vice-presid�ncia, a secretaria geral e a tesouraria do partido. O Andrea � uma lideran�a pol�tica importante, mas n�o ao ponto de ser presidente com toda essa hegemonia", disse. "J� o Milton tem uma lideran�a com capilaridade na milit�ncia", alfinetou An�bal.
Rompimento
Andrea Matarazzo reafirmou que o acordo feito pelo grupo de secret�rios - que inclui, al�m de An�bal, os titulares estaduais das pastas de Meio Ambiente, Bruno Covas, e de Planejamento, Julio Semeghini - "e em nome do governador" Alckmin para uma chapa de consenso foi rompido, o que o levou a retirar a candidatura. "Foi uma elei��o com um candidato s�. Retirei a candidatura com a fraude montada, porque enfrentar um candidato do partido seria perfeito, mas enfrentar tr�s representantes do governo n�o tinha condi��es", argumentou.
Para o vereador tucano, o PSDB paulistano, a partir de agora, "estar� � disposi��o das candidaturas de Jos� An�bal, Julio Semeghini e Bruno Covas e do deputado estadual por Botucatu Milton Fl�vio". E disse que se tivesse sido o escolhido para presidir o partido no munic�pio, sua gest�o seria menos personalista e mais voltada aos interesses da pr�pria legenda.
A�cio
Apesar da troca de farpas, Goldman, An�bal e Matarazzo t�m ao menos uma posi��o convergente: todos avaliam que a crise paulistana n�o ir� contaminar o processo de uni�o do PSDB nacional pedido pelo ex-presidente da Rep�blica Fernando Henrique em torno da pr�-candidatura do senador mineiro A�cio Neves.
"N�o vamos olhar para o retrovisor. O partido quer iniciativa e n�o quer ficar calado", disse An�bal. "� um embate puramente de ambi��o pessoal. N�o h� divis�o pol�tica", emendou Goldman. "Essa elei��o n�o tem express�o nenhuma no cen�rio nacional", concluiu Matarazzo. Alckmin foi procurado por meio de sua assessoria para comentar as declara��es de Goldman e de Matarazzo, mas n�o se manifestou at� o momento.