Arlindo Chinaglia, quase 25 anos de mandato parlamentar, recha�ou categoricamente v�nculos com o lobista Gilberto da Silva, o Formiga, ou com o empres�rio Ol�vio Scamatti, dono do Grupo Demop. “N�o conhe�o nenhum deles e n�o recebi nenhuma doa��o de campanha desse grupo”, declarou Chinaglia que, nesta quarta-feira, enviou of�cio ao procurador-geral da Rep�blica, Roberto Gurgel, requerendo imediata abertura de inqu�rito “para analisar, de forma aprofundada”, as cita��es a seu nome nos autos da Opera��o Fratelli.
Chinaglia confirma que fez emendas para a regi�o de S�o Jos� do Rio Preto. “Muitas emendas, tive mais de 30 mil votos nessa regi�o, mas fiz tamb�m para outras �reas. O prefeito, o vereador, eles v�m, entram em contato com a assessoria, emendas de R$ 150 mil, de R$ 200 mil. Agora, R$ 50 milh�es? Como se eu tivesse um cofre monstruoso e que, por consequ�ncia, vai haver um grande esquema.” O ex-presidente da C�mara confirmou que Toninho do PT, eleito vereador de Ilha Solteira (SP), foi seu assessor. “N�o sei se (Toninho) teve apoio, eu respondo por mim.”
Toninho do PT disse que foi assessor de Chinaglia de 2005 a 2012 e admite que conhece Gilberto Formiga. “Ele me ligou de fato, ofereceu ajuda. Disse que a gente ia ganhar a elei��o, � o jogo deles. Depois voc� amarra o rabo com os caras. Eu conheci o Gilberto porque ele � lobista, cara. Eles ficam sabendo que voc� � assessor de um deputado com muita vota��o. N�o prometi nada para o Gilberto, nem eu nem o C�cero (que foi candidato do PT a prefeito de Ilha Solteira).” “Todas as emendas do Arlindo s�o para onde ele tem voto ou por quest�o pol�tica, atende algum prefeito.”
Outros parlamentares citados no relat�rio da opera��o tamb�m negam qualquer envolvimento no esquema de fraudes em licita��es da fraude. S�o citados o chefe da Casa Civil do governador Geraldo Alckmin, o tucano Edson Aparecido, e o deputado estadual Roque Barbiere (PTB).