Porto Alegre, 24 - A exposi��o Movimento de Justi�a e Direitos Humanos - Onde a Esperan�a se Refugiou, que ser� inaugurada nesta quinta-feira, 25, em Porto Alegre, vai mostrar como as ditaduras militares violaram a democracia e direitos civis, interferindo na vida das pessoas, e como as redes de solidariedade que se formaram atuaram para proteger perseguidos pol�ticos, salvando cerca de 2 mil vidas nos anos de chumbo dos pa�ses do Cone Sul. Entre os documentos, fotografias, filmes e audiovisuais est�o informa��es e depoimentos in�ditos ou ainda pouco conhecidos.
O MJDH foi criado ainda em 1964, mas s� assumiu seu status jur�dico em 1979, depois do fim da vig�ncia do Ato Institucional N�mero 5. "N�o digo que �ramos clandestinos porque clandestinos eram os que estavam no poder, mas ag�amos discretamente", recorda Krischke, referindo-se �s redes de solidariedade, formadas por defensores dos direitos humanos que, sem fazer alarde, acolhiam perseguidos em suas casas ou auxiliavam nas rotas de fuga.
A exposi��o tem cinco eixos, que abordam o contexto pol�tico internacional, a ditadura militar no Brasil, o Movimento de Justi�a e Direitos Humanos, o processo de transi��o pol�tica no Cone Sul e a cronologia das Comiss�es da Verdade no Brasil, Argentina, Uruguai e Chile. Al�m disso, exibe 11 filmes que retratam epis�dios dos anos de chumbo no Brasil e Am�rica Latina, com sess�es comentadas. "Recorremos muito � multim�dia pensando no p�blico jovem", explica Krischke. "N�o � um museu, mas uma mem�ria viva que deve ser resgatada".
Depois da abertura, marcada para �s 18 horas desta quinta-feira, a exposi��o fica aberta � visita��o de segunda a sexta-feira, das 14 horas �s 19 horas, e aos s�bados, domingos e feriados, das 9 horas �s 19 horas, no Centro Cultural da Usina do Gas�metro, com entrada franca.