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Estado de Minas

A�cio apresentar� projeto que acaba com a reelei��o


postado em 25/04/2013 08:22 / atualizado em 25/04/2013 08:49

Bras�lia - O senador e pr�-candidato � Presid�ncia da Rep�blica A�cio Neves (PSDB-MG) est� elaborando um projeto para propor no Senado que vai polemizar e alterar o atual cen�rio pol�tico: ele quer extinguir a possibilidade de reelei��o presidencial, de governadores e prefeitos e ampliar de quatro para cinco anos os mandatos de todos os novos eleitos, aplicando, desde j�, a regra que poderia afetar a si mesmo caso eleito.

Sua ideia � que, uma vez aprovada, a regra passe a valer j� para os vencedores do pleito de 2014, impondo ajustes aos mandatos atuais de senadores e deputados, ampliando-os para for�ar a coincid�ncia nas elei��es seguintes e fixando-os nos mesmos cinco anos estabelecidos para Presidente da Rep�blica.

A�cio ainda matura o projeto, mas n�o esconde a convic��o de que os quatro anos previstos na legisla��o vigente s�o insuficientes para uma gest�o minimamente eficiente de um Pa�s ou Estado. A reelei��o, por sua vez, condiciona a segunda metade do mandato � campanha eleitoral, submetendo o governo e, por extens�o, a popula��o, a uma gest�o distanciada dos reais interesses do Pa�s. Ele chama de solu��es bienais a falta de coincid�ncia das elei��es que considera nefasta para a administra��o p�blica. Com frequ�ncia, classifica de “loucura” elei��es de dois em dois anos.

A�cio diz a seus pares estar ciente da dificuldade que seria emplacar um projeto desses no Congresso. Sabe o potencial de influ�ncia dos governadores, por exemplo, que t�m planos de se manter o maior tempo poss�vel no poder e do pr�prio governo Dilma Rousseff, que provavelmente exigiria postura contr�ria de sua bancada ao plano. Mas o mineiro tem seus motivos para entrar nessa batalha e acha que a proposta lhe d� cacife para campanha de 2014.

A seu favor, lembra que n�o � a primeira vez que defende o fim da reelei��o e a mudan�a do tempo de mandato presidencial. Em 2007, deu entrevistas a favor dessa altera��o, mas n�o tinha ainda for�a pol�tica para influenciar na condu��o desse processo. Na ocasi�o, n�o tinha a clareza que tem hoje sobre as chances de disputar a Presid�ncia por seu partido. Seis anos depois, candidato do PSDB � sucess�o presidencial e virtual comandante do partido - ser� eleito presidente nacional da legenda no dia 19 de maio - sente-se com o espa�o necess�rio para liderar o movimento no PSDB e no Parlamento.

Desapego do cargo


Assim como a ex-ministra Marina Silva (sem partido), em segundo lugar nas �ltimas pesquisas de inten��o de voto, o PSDB de A�cio Neves e Fernando Henrique Cardoso identificou uma insatisfa��o do eleitorado com o perfil do pol�tico disposto a se manter no cargo a qualquer custo. Defender essa ideia publicamente passa a ideia do desapego, j� que a regra se aplicaria a ele pr�prio. Ironia hist�rica � que revoga o modelo implantado pelo l�der mais carism�tico de seu partido, e entusiasta de sua candidatura, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que aprovou emenda para viabilizar sua reelei��o em 1997.

O gesto, no entanto, se insere na estrat�gia de remo�ar o PSDB, sinalizando com a presen�a mais efetiva da nova gera��o do partido, � qual pretende associar sua imagem.

Economia


No plano econ�mico, o senador mineiro j� busca a assessoria de novos economistas, com qualifica��o atestada por grandes express�es do setor. Dessa forma, procura se desvincular do r�tulo conservador aplicado pelos governistas aos candidatos de oposi��o. Tamb�m j� prepara o discurso contra as acusa��es de “privatista” que tanto o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva como a presidente Dilma Rousseff utilizaram sobre os tucanos nas �ltimas campanhas.

Petrobras


Nas elei��es passadas, o PSDB teve dificuldade para administrar o tema e os pr�prios tucanos reconhecem que a estrat�gia dos advers�rios funcionou bem, especialmente na campanha de 2006, na disputa de Lula contra Geraldo Alckmin. Agora, A�cio vai adotar o discurso de que quer “reestatizar a Petrobr�s”, usando o mote para criticar o suposto aparelhamento da empresa e o suposto uso de seus recursos para fins que seriam prejudiciais � boa gest�o da empresa.


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