(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Investiga��o da morte de PC foi direcionada, afirma promotor

Marcos Mousinho defendeu ainda que o m�dico-legista Fortunato Badan Palhares, respons�vel pela per�cia que concluiu pela tese de crime passional, foi induzido ao erro


postado em 10/05/2013 14:33

O promotor Marcos Mousinho disse nesta sexta-feira, 10, que a atua��o dos peritos respons�veis pela investiga��o das mortes do empres�rio Paulo C�sar Farias e da namorada dele, Suzana Marcolino, foi direcionada para comprovar a tese de crime passional. O promotor foi o primeiro a falar no quinto dia do julgamento dos quatro r�us acusados de envolvimento na morte do casal, ocorrida em 1996.

Mousinho atua na acusa��o dos quatro policiais militares e afirma que houve direcionamento nas investiga��es. "O pr�prio irm�o da v�tima, Augusto Farias, ligou para a fam�lia para dizer que Suzana Marcolino tinha matado Paulo C�sar Farias e depois se matado", ressaltou. Ele defendeu ainda que o m�dico-legista Fortunato Badan Palhares, respons�vel pela per�cia que concluiu pela tese de crime passional, foi induzido ao erro.

"A mente dos investigadores e dos peritos j� estavam num s� caminho: o de provar que Suzana tinha matado Paulo C�sar e depois se matado", disse. "Ora, quando as pr�prias autoridades competentes dizem que houve suic�dio, os profissionais v�o trabalhar com essa hip�tese."

Marcos Mousinho criticou a falta de estrutura da pol�cia alagoana, que sequer levou os equipamentos necess�rios para a realiza��o da per�cia. A �gua utilizada para colher res�duos nas m�os do casal, afirmou ele, foi a que estava no copo no criado-mudo de Suzana Marcolino. "Isso � uma completa falta de experi�ncia. E se naquele copo tivesse outro produto, como veneno, por exemplo?", questionou. O promotor acusou a per�cia alagoana de ser limitada.

Os policiais Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e Jos� Geraldo da Silva s�o acusados de omiss�o no crime. "Eles tinham a miss�o de salvaguardar a integridade f�sica do PC Farias e, se assim n�o o fizeram, ou � porque sabiam que o crime seria cometido e n�o se movimentaram para impedi-lo ou, talvez, tenham participa��o direta nas mortes", defendeu o promotor.

"Os PMs at� alegaram que a Suzana teria assassinado o pr�prio namorado. Todavia, os laudos periciais que est�o acostados nos autos comprovaram que a tese de homic�dio seguido de suic�dio est� descartada", defendeu.

Depois da acusa��o, ser� a vez da defesa dos policiais fazer considera��es. O juiz Maur�cio Br�da, que preside o Tribunal de J�ri, acredita que o julgamento termine nesta sexta. Em caso de condena��o, a pena dos r�us pode variar entre 12 e 30 anos para cada crime.

O crime

PC Farias e Suzana Marcolino foram encontrados mortos a tiros no dia 23 de junho de 1996, na casa de praia do empres�rio, em Guaxuma, no litoral Norte de Alagoas. A tese sustentada pela defesa � a mesma da pol�cia alagoana, de que Suzana matou PC Farias e depois cometeu suic�dio.

J� o Minist�rio P�blico acredita em duplo homic�dio e acusa os quatro r�us de coautoria do crime e omiss�o, j� que faziam a seguran�a do local onde o casal morreu. Para a promotoria, a morte de PC Farias foi "queima de arquivo". O empres�rio foi tesoureiro da campanha de Fernando Collor (PTB), era r�u em processos por crimes financeiros e foi o centro das den�ncias de corrup��o que resultaram no impeachment de Collor.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)