Rio Branco - Grampos da Opera��o G7 da Pol�cia Federal interceptaram um telefonema do governador Ti�o Viana (PT) para o empreiteiro e ex-presidente da Federa��o das Ind�strias do Acre (Fieac) Jo�o Francisco Salom�o, preso ao lado de outras 14 pessoas suspeitas de fraudar licita��es de obras no Estado. Entre os presos na sexta-feira passada est� um sobrinho do governador. Na conversa gravada pela PF com autoriza��o judicial, o governador - que n�o � alvo das investiga��es - avisa o investigado sobre uma linha de cr�dito banc�rio em Sergipe “sem garantia da obra” e “sem amarras”. Segundo o inqu�rito da PF, a conversa descrita no t�pico “Linhas de cr�dito para capital de giro para as empresas do cartel” evidencia que os empreiteiros presos “tinham proximidade com o poder p�blico”.
Na interpreta��o feita pelos agentes da PF do di�logo entre Viana e o empres�rio preso, “o governador diz que far� a media��o” da linha de cr�dito para o grupo acusado e que tal opera��o “se dar� via Fieac”, com as secretarias da Fazenda, de Planejamento e de Obras atestando os contratos. Viana diz na conversa que � para Salom�o “tratar da opera��o de cr�dito” com o Banco do Estado de Sergipe (Banese) “via Federa��o das Ind�strias”. O governador tamb�m pede um encontro entre os investigados e seus secret�rios.
A quadrilha, segundo a PF, era investigada desde 2011. Em apenas seis contratos, no valor de R$ 40 milh�es, eles teriam provocado um rombo estimado em R$ 4 milh�es aos cofres p�blicos. Conforme as investiga��es, o grupo, organizado em cartel, burlava concorr�ncias e superfaturava contratos de pavimenta��o e obras de habita��o.
O esquema tinha como alvo principal os dois maiores projetos em andamento no Estado: o Ruas do Povo e o Cidade do Povo, com investimento de mais de R$ 1,5 bilh�o para pavimenta��o e constru��o de casas populares. Sete empresas se alteravam na simula��o das licita��es, segundo a PF. “Essas empresas dominavam as licita��es do Estado na �rea da constru��o civil em cartel”, disse o superintendente regional da PF do Acre, Marcelo Rezende Vieira.
Cl�nica. Parte dos suspeitos, incluindo o sobrinho do governador, � investigada tamb�m por fraude de contratos da Sa�de. Em outra conversa telef�nica gravada pela PF, o empres�rio Narciso Mendes J�nior, preso na Opera��o G7, sugere que o governador teria se comprometido com ele a apoiar a abertura de uma cl�nica em Rio Branco, que, segundo a investiga��o, foi montada exclusivamente para fraudar exames da rede p�blica de sa�de.
A cria��o do Centro de Medicina Diagn�stica Ltda., conforme a PF, contou com o aux�lio de Tiago Viana. No di�logo captado no dia 30 de setembro de 2011, Narciso liga para o pai e relata o suposto encontro que teve com o governador, no qual teria sido apresentado a um m�dico de Rond�nia com interesses em tamb�m montar uma cl�nica no Estado. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.