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Estado de Minas

Justi�a adia julgamento de acusados do Massacre de Felisburgo


postado em 14/05/2013 12:33 / atualizado em 14/05/2013 12:50

A Justi�a de Minas Gerais adiou nesta ter�a-feira o julgamento dos acusados de cometer o crime que ficou conhecido como Chachina de Felisburgo. Ainda n�o foi marcada nova data e, de acordo com a assessoria de imprensa do F�rum Lafayette, o juiz respons�vel pelo caso, Glauco Eduardo Soares Fernandes, deve tornar p�blico hoje despacho oficial com a justificativa para o adiamento.

O adiamento pode ter sido provocado em fun��o de um pedido da defesa de um dos acusados do crime. Nessa segunda-feira, a defesa de um dos principais r�us do julgamento, acusado de ser o mandante, o fazendeiro Adriano Chafik Luedy, entrou com pedido para que as 60 testemunhas do caso fossem ouvidas em Belo Horizonte. O crime aconteceu em 2004, em um assentamento conhecido “Terra Prometida, em Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha. Nesta ter�a-feira, as 60 testemunhas come�aram a ser ouvidas na Comarca de Jerquitonha, a 700 quil�metros de Belo Horizonte.

O julgamento do fazendeiro e outros 17 homens tamb�m acusados de participar do crime – que deixou cinco mortos e 15 feridos-, foi transferido para Belo Horizonte por uma quest�o de seguran�a. Apesar disso, as testemunhas n�o s�o obrigadas legalmente a se deslocar para a capital para prestar depoimento, conforme quer a defesa dos acusados dos assassinatos.

Entenda o caso

Chafik vai a j�ri pela acusa��o de comandar ataque ao acampamento Terra Prometida, na Fazenda Nova Alegria, no munic�pio de Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, em 20 de novembro de 2004. Na ocasi�o, foram assassinados cinco trabalhadores rurais - Iraguiar Ferreira da Silva, de 23 anos, Miguel Jorge dos Santos, de 56, Francisco Nascimento Rocha, de 72, Juvenal Jorge da Silva, de 65, e Joaquim Jos� dos Santos, de 48 - e mais 20 pessoas ficaram feridas, inclusive crian�as.

Comandados por Adriano Chafik, 17 pistoleiros invadiram o local e atearam fogo em barracos e planta��es. As cinco v�timas foram executadas com tiros � queima-roupa. Chafik confessou ter participado do massacre, mas poucos dias depois conseguiu, por meio de habeas corpus, responder ao processo em liberdade.

Esta � a segunda vez que o julgamento � adiado. O primeiro juri, marcado para 17 de janeiro, foi adiado devido ao juiz da Comarca de Jequitinhonha, onde inicialmente ocorreria o julgamento, ter enviado o processo para Belo Horizonte antes que a defesa dos r�us indicasse testemunhas a serem ouvidas na ocasi�o.

As fam�lias de sem terra ocuparam o local em 2002 e tinham denunciado � Pol�cia Civil o recebimento de amea�as por parte dos fazendeiros. No mesmo ano, 567 dos 1.700 hectares da fazenda foram decretados pelo Instituto de Terra de Minas Gerais (ITER) como terra devoluta, que � uma �rea do Estado e que deveria ser devolvida para as fam�lias. Nove anos depois do epis�dio, as fam�lias ainda vivem no assentamento, aguardando que parte da �rea seja desapropriada. Iniciado h� 14 anos, o processo agora tramita no Superior Tribunal de Justi�a (STJ).

Com  ag�ncias


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