A ex-ministra Marina Silva criticou a presidente Dilma Rousseff e evitou levantar a bola do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), poss�vel candidato � Presid�ncia da Rep�blica, no in�cio da noite desta ter�a-feira, em entrevista coletiva ap�s um r�pido encontro com o socialista, quando ele assinou ficha apoiando a cria��o do partido Rede Sustentabilidade.
Da presidente, cobrou o cumprimento de promessas feitas no segundo turno da elei��o presidencial. "Quisera que Dilma tivesse cumprido o compromisso de que iria vetar qualquer coisa que significasse anistia para desmatadores, que estivesse se opondo a casu�smos contra os �ndios, que n�o tivesse permitido mudar a lei para tirar compet�ncia do Ibama para fiscalizar desmatamento", disse ela ao lembrar que o planeta j� est� no vermelho em 50%.
Marina fica em Pernambuco at� esta quarta-feira, 15, na sua cruzada pela cria��o do novo partido, Rede Sustentabilidade, recolhendo assinaturas que permitam sua viabilidade. J� conseguiu 300 mil das 550 mil necess�rias, em tr�s meses e meio. Confiante de alcan�ar o n�mero no prazo, em junho, ela n�o assumiu ser pr�-candidata � Presid�ncia da Rep�blica. A antecipa��o desta quest�o, segundo ela, prejudica a gest�o p�blica e a democracia e "s� interessa a quem est� no governo e a quem est� viciado no poder pelo poder e tem crise de abstin�ncia quando n�o est� disputando o poder".
Marina reiterou n�o ser poss�vel uma sa�da da crise econ�mica "apenas pelo vi�s do consumo", ou apostando nas commodities porque a China diminuiu a importa��o de produtos brasileiros. "A repeti��o de mais do mesmo n�o pode ser a l�gica dos mecanismos da pol�tica macroecon�mica para sair da crise", disse.
No encontro com Eduardo Campos, ao lado do deputado federal Alfredo Sirkis (PV-RJ), ela ganhou um bolo de rolo, tradicional iguaria pernambucana. Reconheceu a solidariedade do PSB em rela��o ao direito de cria��o da Rede e disse que a conversa com o governador girou em torno do casu�smo dificultando a cria��o de novos partidos. Ela reiterou que entrar� com uma a��o de inconstitucionalidade "se o Congresso n�o corrigir o erro cometido na C�mara Federal".