Bras�lia - O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), afirmou, nesse domingo, que a disputa presidencial de 2014 ter� “mais conte�do” depois que o senador A�cio Neves (PSDB-MG) passou a defender o legado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Na conven��o tucana de s�bado, 18, que elegeu o mineiro como presidente nacional do PSDB, A�cio defendeu, em seu discurso de posse, as privatiza��es feitas durante a gest�o FHC e disse que elas “t�o bem fizeram ao Brasil”.
O governador ga�cho integra uma corrente minorit�ria dentro do partido e com alguma frequ�ncia diverge das posturas adotadas pela tend�ncia majorit�ria do PT, da qual fazem parte o ex-presidente Lula e o ex-ministro Jos� Dirceu. Tarso foi presidente interino do PT quando Dirceu e o hoje deputado Jos� Genoino, que � �poca comandava o partido, foram abatidos pelo esc�ndalo do mensal�o. � �poca, o governador defendeu que o partido fosse “refundado”. No fim do ano passado, ele disse que o PT deveria “esgotar a agenda de solidariedade” com os condenados no mensal�o e deixar o epis�dio de compra de votos “para a hist�ria”.
A t�nica dos demais petistas que se manifestaram ontem em rela��o ao resgate de FHC por A�cio foi diferente. O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) considerou a manifesta��o tardia. “Ele agora tenta ressuscitar um governo do qual o povo brasileiro j� se esqueceu”, afirmou. “O senador tem pouco a dizer ao Brasil e demonstra um discurso que n�o mobiliza o Pa�s.”
O secret�rio de Comunica��o do PT, Paulo Frateschi, afirmou que A�cio “tinha de consultar mais o povo” e o criticou por abordar temas menos palp�veis para o eleitor. “Ele n�o pode falar coisas t�o fora da realidade, fora da vida das pessoas. Quem sabe viajando agora pelo Pa�s ele aprende um pouco.”