O l�der do governo na C�mara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou nesta sexta-feira que qualquer tentativa da base aliada de pressionar o Executivo com o pedido de cria��o da CPI da Petrobras n�o vai prosperar. "Se a orienta��o � botar press�o em cima do governo, n�o surtir� nenhum efeito", disse. Para ele, n�o h� "explica��o razo�vel" para parlamentares da base aliada pedirem uma investiga��o parlamentar contra a estatal, uma das vedetes da presidente Dilma Rousseff.
O l�der governista disse ver como "muito mau" a iniciativa dos aliados de se criar a comiss�o. Ele declarou que sempre que � convidada, a presidente da Petrobras, Maria das Gra�as Foster, vai ao Congresso, assim como a estatal tamb�m responde aos requerimentos de informa��o dos parlamentares. Para o petista, uma CPI pode trazer "consequ�ncias econ�micas graves" para o Pa�s, gerando instabilidade e inseguran�a para os investidores.
Questionado se considera o pedido uma retalia��o da base, Chinaglia respondeu: "N�o quero afirmar isso. Essa � uma afirma��o mais corrente dentro da C�mara, na imprensa e no mundo pol�tico", disse. Segundo ele, se algu�m se sente insatisfeito, e tem todo direito de se sentir, frisou, � preciso procurar os canais de di�logo poss�veis para conversar.
O l�der do governo disse que pretende reunir em breve os l�deres da base aliada para que eles deem sua opini�o sobre o motivo da CPI. A comiss�o ter� dificuldades regimentais para se viabilizar. H� 14 pedidos de cria��o de CPI na fila, dos quais, numa an�lise pr�via da Secretaria Geral da Mesa Diretora, no m�ximo seis devem vingar porque t�m fato determinado. Entre elas, a da Petrobras.
Pelas regras da C�mara, s� podem funcionar ao mesmo tempo cinco CPIs na Casa. H� tr�s para serem instaladas e, possivelmente, at� o final da atual legislatura n�o vai haver tempo h�bil para criar a que pretende investigar a venda de ativos da estatal no exterior.