Grupo de �ndios do Par� faz bi�logos ref�ns

Um grupo de 150 ind�genas da tribo Munduruku, no oeste do Par�, tomou como ref�ns tr�s bi�logos que faziam estudos para implanta��o das hidrel�tricas de S�o Luis do Tapaj�s e de Jatob�. Os pesquisadores s�o funcion�rios da empresa Concremat, que presta servi�os para o Cons�rcio Grupo de Estudos Tapaj�s, formado pelas empresas Camargo Correia, GDF Suez, Eletrobras e Eletronorte.

Os bi�logos chegaram a ser amarrados pelos cerca de 50 �ndios guerreiros, que lideram outros 100 �ndios mundurukus, que questionam as grandes obras do governo federal. Neste momento, os bi�logos j� foram desamarrados, mas permanecem sob vig�lia dos �ndios, no coreto da pra�a principal de Jacareacanga (PA).

A Secretaria-Geral da Presid�ncia da Rep�blica j� est� em contato com os ind�genas, de forma a estabelecer uma negocia��o para liberar os ref�ns. O objetivo do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral, � que os bi�logos sejam liberados rapidamente. Segundo nota do Conselho Indigenista Mission�rio (Cimi), os ind�genas retiraram cerca de 25 pesquisadores e bi�logos na noite deste s�bado das terras ind�genas.

"Os t�cnicos coletavam amostrar da fauna e flora da regi�o para os estudos ambientais e de viabilidade das usinas no rio Tapaj�s", informa o Cimi em nota oficial. A tribo munduruku � a mesma que veio a Bras�lia, h� duas semanas, negociar com a Secretaria Geral da Presid�ncia a paralisa��o das obras de constru��o da Usina Hidrel�trica de Belo Monte. Diante da amea�a de tomar os canteiros de obras das hidrel�tricas, a Secretaria Geral solicitou �s For�as A�reas Brasileiras (FAB) que transportasse os �ndios do Par� a Bras�lia (DF) para negociar no Pal�cio do Planalto. Uma vez na capital federal, os ind�genas invadiram a sede da Funda��o Nacional do �ndio (Funai).