Em carta enviada � presidente Dilma Rousseff, as principais entidades ligadas aos movimentos sociais afirmam que as recentes manifesta��es pelo Pa�s s�o o "momento prop�cio para que o governo fa�a avan�ar as pautas democr�ticas e populares, e estimule a participa��o e a politiza��o da sociedade". Ao todo, 32 organiza��es assinam o documento.
Entidades como Central �nica dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Sem-Terra (MST), a Uni�o Nacional dos Estudantes (UNE), a Uni�o Nacional do Negro (Unegro), a Central de Movimentos Populares (CMP) e o Conselho Indigenista Mission�rio (Cimi) querem participar de uma reuni�o convocada por Dilma com prefeitos e governadores. Esse di�logo seria "a �nica forma de encontrar sa�das para enfrentar a grave crise urbana" nas grandes cidades. "S�o as maiores manifesta��es que a atual gera��o vivenciou e outras maiores vir�o. Esperamos que o atual governo escolha governar com o povo e n�o contra ele", diz a carta.
Em cadeia de r�dio e TV, na sexta-feira, Dilma afirmou que vai buscar um "pacto" com governadores e prefeitos das principais cidades do Pa�s e que receberiam os l�deres das manifesta��es. Na pauta de discuss�es, a presidente listou medidas para melhorar a mobilidade urbana e a qualidade dos servi�os p�blicos em especial nas �reas de sa�de e educa��o.
As entidades deixam claro o apoio ao governo ao dizer que a "resist�ncia popular" levou �s vit�rias do PT nas elei��es de 2002, 2006 e 2010. E argumentam que o "projeto" de gest�o petista "enfrentou os limites impostos pelos aliados de �ltima hora, uma burguesia interna que na disputa das pol�ticas de governo impede a realiza��o das reformas estruturais, como � o caso da reforma urbana e do transporte p�blico". Para os signat�rios da carta, "setores conservadores da sociedade buscam disputar o sentido dessas manifesta��es".