S�o Paulo - A CUT e a CGT devem programar nos pr�ximos dias manifesta��es em conjunto com outras centrais sindicais para levar �s ruas a chamada pauta trabalhista, al�m de cobrar mais investimentos em �reas como sa�de, educa��o e transporte. A presidente Dilma Rousseff ouvir� as reivindica��es nesta ter�a-feira em um encontro com sindicalistas no Pal�cio do Planalto.
“Achamos que � conservadora essa pauta do ‘sem partido, sem sindicato’”, disse Vagner Freitas, presidente da Central �nica dos Trabalhadores (CUT). Consideramos que � positivo a juventude despertar e se colocar como agente de seu pr�prio futuro. Mas a quem interessa a n�o exist�ncia de entidades representativas da sociedade?”
Jo�o Carlos Gon�alves, o Juruna, secret�rio-geral da For�a Sindical, tamb�m destacou a necessidade de se fazer um “contraponto” aos manifestantes que rejeitam a participa��o de partidos nos protestos. “N�o acreditamos em movimentos espont�neos”, disse.
“Os protestos come�aram com uma pauta leg�tima, a necessidade de reduzir o custo do transporte coletivo. A partir do momento em que os manifestantes come�aram a cercear a participa��o de integrantes de partidos e de organiza��es da sociedade, a� virou persegui��o ideol�gica”, avaliou Juruna.
Horizontalidade
O Movimento Passe Livre (MPL), que convocou os protestos na capital paulista, sempre destacou o car�ter apartid�rio das manifesta��es, apesar de abrigar militantes filiados ao PSOL, ao PSTU e at� ao PT. O movimento tamb�m se define como “horizontal” - nega ter l�deres e diz se organizar de forma n�o hier�rquica.
Na semana passada, ap�s a redu��o das tarifas de �nibus e trens anunciada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e pelo prefeito Fernando Haddad (PT), petistas e integrantes de outros partidos foram hostilizados ao tentar participar de passeata na Avenida Paulista, uma das vias mais famosas da regi�o central de S�o Paulo.
Al�m de definir um calend�rio de mobiliza��o, representantes da CUT, For�a Sindical, CTB, UGT e Nova Central v�o discutir outras estrat�gias para p�r em evid�ncia a “pauta trabalhista” que j� foi levada a Dilma em mar�o deste ano. Na �poca, 25 mil manifestantes, segundo a Pol�cia Militar, desfilaram pela Esplanada dos Minist�rios para dar peso pol�tico � entrega de uma pauta de reivindica��es aos poderes Executivo e Legislativo.
Entre os 12 itens reivindicados estavam a limita��o da jornada de trabalho a 40 horas semanais sem redu��o de sal�rio, o fim do fator previdenci�rio e a corre��o da tabela do Imposto de Renda pela infla��o. Tamb�m estavam pedidos de maiores investimentos na �rea social - pontos que ganharam relev�ncia com a onda de manifesta��es.
“N�s apoiamos as manifesta��es por mais recursos para pol�ticas p�blicas”, disse ontem Vagner Freitas. “Queremos mais recursos para a sa�de e para a educa��o”, afirmou Juruna.
A marcha feita em mar�o foi a primeira no governo Dilma - a anterior havia sido feita em 2012, �ltimo ano do segundo mandato de Luiz In�cio Lula da Silva.