Depois da rea��o do Congresso e de recuar da proposta de uma assembleia constituinte, a presidente Dilma Rousseff convidou l�deres da base aliada e da oposi��o para discutir, no Pal�cio do Planalto, como realizar o plebiscito sobre reforma pol�tica.
A ideia inicial era reunir lideran�as do governo e da oposi��o. Mas houve uma certa resist�ncia dos oposicionistas e Dilma resolveu antecipar - para as 11 horas desta quinta-feira, - a reuni�o com os partidos que a apoiam. � tarde, ela recebe os l�deres partid�rios da C�mara e, depois, do Senado. Os l�deres da oposi��o ficaram para esta sexta-feira (28).
Mesmo entendendo que � dif�cil conseguir apoio da oposi��o, a presidente insiste na participa��o de todos, por considerar que essa � uma quest�o acima dos partidos. “Todos os partidos ser�o formalmente convidados a apresentar suas propostas”, disse o ministro da Educa��o, Aloizio Mercadante. De acordo com o ministro, que atua como esp�cie de porta-voz de Dilma no assunto n�o houve nenhum tipo de discrimina��o.“Querermos que todos possam contribuir”, insistiu o ministro.
Oposi��o
O l�der do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP) disse n�o estar disposto a ir ao Planalto sem uma pauta definida. “N�o fomos convidados para nenhuma reuni�o e, se formos, vamos convocar a Executiva do PSDB para avaliar a pauta. Se for s� para tomar cafezinho e ficar ouvindo essa loucura de proposta sobre plebiscito, n�o d�”, disse Aloysio. Antes de ser presidente, Luiz In�cio Lula da Silva tamb�m dizia que s� havia sentido conversar com o governo em torno de uma pauta.
Aloysio definiu a ideia de convocar um plebiscito como “manobra diversionista” do governo para abafar a crise pol�tica. “Antes de pedir que o Congresso convoque um plebiscito, Dilma deve dizer o que pretende com isso”.
O plano da oposi��o, disse ele, � aproveitar a onda de protestos nas ruas para expor o que chama de “fragilidades” da gest�o Dilma. “A infla��o n�o est� em alta por falta de reforma pol�tica, nem os 39 minist�rios s�o exig�ncia desse sistema”, advertiu, “Os problemas de corrup��o tamb�m n�o decorrem do sistema eleitoral.”