O senador A�cio Neves (PSDB-MG) disse nessa ter�a-feira que a proposta encaminhada pela presidente Dilma Rousseff ao Congresso com itens para um plebiscito sobre reforma pol�tica � “invi�vel”. Para o potencial candidato � Presid�ncia, a petista n�o entendeu as reivindica��es dos manifestantes. “A presidente da Rep�blica quer dizer aos brasileiros que aquilo que os levou �s ruas foram as propostas que interessam ao PT na reforma pol�tica, e n�o a calamidade da sa�de p�blica, a fal�ncia da mobilidade urbana, em especial o transporte p�blico, o aumento da criminalidade”, afirmou.
O presidente nacional do PSDB voltou a defender um referendo sobre o tema e a��es que dependem diretamente de Dilma, como a redu��o de minist�rios. “Isso (o referendo) que � o razo�vel, isso � o correto, isso � respeitar a popula��o brasileira. Acho que a proposta que chega hoje ao Congresso Nacional � um desrespeito aos milh�es de brasileiros que foram �s ruas clamar por sa�de, por educa��o, por seguran�a, por mobilidade e, principalmente, por respeito.”
J� o presidente nacional do PSB, governador de Pernambuco e tamb�m potencial candidato em 2014, Eduardo Campos, disse que n�o h� como fazer o plebiscito este ano. “H� incongru�ncia entre a capacidade material de fazer e o tempo que resta ao Congresso e incompatibilidade conceitual, pois a sociedade precisa participar da elabora��o das perguntas”, afirmou, acrescentando que “at� por efeito de economia para o er�rio p�blico, (o plebiscito) pode ser feito com a elei��o (marcada para 5 de outubro do pr�ximo ano)".
No plen�rio, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), aliado de Campos, criticou parte das quest�es sugeridas pela presidente Dilma, como a sobre o fim do voto secreto no Poder Legislativo. “A gente j� sabe o que o povo acha sobre o voto secreto”, disse, acrescentando que o eleitor tem direito de saber como o seu deputado ou senador se posicionou em rela��o a assuntos que hoje t�m voto secreto, como a cassa��o de mandato parlamentar.
O deputado Vanderlei Macris (SP), vice-l�der do PSDB na C�mara, tamb�m referiu-se ao fim do voto secreto, ao comentar que o tema j� faz parte da pauta pol�tica da C�mara e do Senado. Para ele, o pedido enviado pela presidente da Rep�blica reflete uma posi��o “muito t�mida” do governo sobre a reforma pol�tica. Na quarta-feira passada, a Comiss�o de Constitui��o e Justi�a da C�mara aprovou proposta de emenda � Constitui��o que acaba com o voto secreto nas vota��es em plen�rio para perda de mandato de deputados e senadores. O texto � de origem do Senado e ainda precisa passar por uma comiss�o especial, para depois ser votada em dois turnos tanto na C�mara quanto no Senado.
“O voto secreto j� � pauta do Legislativo. O que est� parecendo � um oportunismo da Presid�ncia, usando uma cortina de fuma�a contra as manifesta��es das ruas. At� o momento, n�o houve nenhuma posi��o fechada do governo no sentido de ter mais austeridade”, reclamou Macris.
O l�der da minoria, deputado Nilson Leit�o (PSDB-MT), cobrou a solu��o dos problemas nos servi�os p�blicos e defendeu que a reforma pol�tica, ap�s aprovada no Congresso, seja submetida a um referendo. "O que as ruas est�o pedindo � educa��o e sa�de. S�o assuntos prementes que precisam ser resolvidos imediatamente e que dependem da caneta dela (Dilma)”, criticou Leit�o.
O l�der do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), aposta no consenso a ser constru�do por uma comiss�o especial da C�mara, com contribui��es da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Confer�ncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Movimento de Combate � Corrup��o. (Com ag�ncias)