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Estado de Minas

Senado faz homenagem a Carlos Marighella

O guerrilheiro iniciou a milit�ncia aos 18 anos de idade, quando se filiou ao Partido Comunista Brasileiro, e chegou a ser considerado o inimigo "n�mero um" da ditadura militar


postado em 08/07/2013 15:01 / atualizado em 08/07/2013 15:04

A Comiss�o de Anistia do Senado Federal concedeu nesta segunda-feira o Certificado de Anistiado Pol�tico post mortem � fam�lia do guerrilheiro Carlos Marighella, apontado como um dos principais organizadores da luta armada contra o regime militar depois de 1964.

O t�tulo de anistia post mortem, concedido pelo governo federal, foi oficializado no final do ano passado, mas ainda n�o tinha sido entregue � fam�lia. O reconhecimento da responsabilidade do Estado pela morte de Marighella, que tamb�m foi deputado federal, j� tinha sido anunciado em 2011, ano do centen�rio de nascimento do ex-pol�tico.

Emocionado, o filho do guerrilheiro, que tem o mesmo nome do pai, lembrou momentos dif�ceis. “Passei por diversos constrangimentos como o de ser expulso de escola por ser filho de Marighella, mas o mais terr�vel constrangimento � ter seu pai assassinado daquele modo. Meu pai era decente e o crime cometido com aqueles requintes � sempre chocante para um filho”.

Para Carlos Marighella Filho, a luta encampada por seu pai vem sendo cada vez mais reconhecida pelas institui��es e movimentos pol�ticos do pa�s. “Passei minha vida esperando para que momentos como este fossem acontecendo. Sempre tive certeza de que era minha obriga��o lutar para que a dignidade do meu pai fosse restabelecida e vejo sempre com gratid�o as institui��es, os movimentos e as personalidades de nossa vida pol�tica reconhecerem”, disse.

O guerrilheiro iniciou a milit�ncia aos 18 anos de idade, quando se filiou ao Partido Comunista Brasileiro, e chegou a ser considerado o inimigo "n�mero um" da ditadura militar. O senador Jo�o Capiberibe (PSB-AP), presidente da subcomiss�o que convocou a sess�o de homenagem, disse que a divulga��o de fatos desse per�odo da hist�ria “mostram para as gera��es mais novas que nossa democracia custou lutas e vidas e aconteceu pela vontade do povo”.

A senadora L�dice da Mata (PSB-BA) lembrou a trajet�ria de Marighella marcada por pris�es em per�odos estrat�gicos da hist�ria do pa�s. O guerrilheiro foi detido em 1936, durante o governo de Get�lio Vargas. Quase 30 anos depois, o baiano Carlos Marighella foi preso por agentes do Departamento de Ordem Pol�tica e Social (Dops), na ditadura militar.

“Nesses dias em que a nossa juventude, e nosso povo em geral, parecem ter descoberto a for�a da a��o coletiva nas ruas de nossas cidades, contestando a pol�tica institucional, os partidos e seus l�deres, � extremamente oportuno lembrar um homem que acreditava na pol�tica como um instrumento indispens�vel para a transforma��o das sociedades, que acreditava na necessidade de partidos como instrumentos coletivos de a��o pol�tica e que acreditava como poucos na Justi�a e na liberdade. E que ofereceu sua pr�pria vida como exemplo de integridade e amor ao povo”, disse a senadora.

No intervalo entre as pris�es, Marighella foi eleito deputado federal, mas s� exerceu o cargo por um ano, quando seu mandato foi cassado, em 1947. Em 1968, o ex-pol�tico ainda fundou a A��o Libertadora Nacional (ALN), grupo armado de resist�ncia � ditadura militar.

Durante o evento no Senado, tamb�m foi lan�ado o livro R�dio Libertadora, a palavra de Carlos Marighella, que relata as facetas do pol�tico, do guerrilheiro e do poeta brasileiro Marighella.


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