A C�mara dos Deputados sepultou de vez nessa ter�a-feira o plebiscito sobre a reforma pol�tica proposto pela presidente Dilma Rousseff para acalmar os �nimos das ruas. A medida j� havia sido enterrada extraoficialmente na semana passada, como apontou o Correio, ap�s manobras de integrantes da pr�pria base aliada que reagiram � tentativa do Pal�cio do Planalto de faturar com o tema. A maioria dos partidos preferiu fazer uma reforma paralela para ser submetida a um referendo nas elei��es de 2014 e com validade para 2016. Isolado, o PT, no entanto, vai insistir na ideia de fazer a consulta popular ainda este ano, apesar do gasto extra que teria de ser feito. � uma quest�o de honra para o partido, afirmou o l�der da bancada petista, Jos� Guimar�es (CE).
Ap�s o encontro, o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), confirmou a opini�o da maioria e oficializou que o plebiscito n�o ser� feito para a reforma ter validade nas pr�ximas elei��es. Para chegar a um final feliz tem que haver um consenso, mas, diante dos prazos, tornou-se impratic�vel, invi�vel valer para 2014, n�o se pode mentir para a na��o brasileira, destacou.
A cria��o do grupo de trabalho para formular um novo texto sobre a reforma pol�tica foi a alternativa apoiada por l�deres, como ressaltou Henrique Alves. Ele j� havia anunciado a comiss�o, mas restava o aval das bancadas.
O deputado C�ndido Vaccarezza (PT-SP) ser� o coordenador do grupo, que ter� 13 integrantes, a serem indicados pelos partidos ainda hoje. Ele j� comandava outro colegiado que tratava de mudan�as na lei eleitoral e cujo relat�rio seria votado nesta semana. Henrique Fontana (PT-RS), considerado o eterno relator da reforma pol�tica, por ter encabe�ado o tema durante anos na Casa, tamb�m vai integrar a comiss�o.