Segundo estado mais populoso do pa�s, Minas Gerais est� no fim da fila quando o assunto � distribui��o dos recursos do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC). No primeiro semestre deste ano, o montante investido por meio do programa para cada habitante do estado em obras de melhoria na infraestrutura social e urbana foi o quarto pior entre os 26 estados brasileiros. Com R$ 286,7 milh�es gastos nos primeiros seis meses do ano, para cada um dos 20 milh�es de mineiros foram investidos R$ 14,34. Abaixo de Minas, nos �ltimos lugares de investimento per capita dos recursos do PAC, est�o os estados do Paran�, com R$ 12,90 por habitante; Amazonas, com R$ 4,20, e S�o Paulo, com R$ 3.
Em rela��o aos gastos absolutos do programa federal para cada estado, Minas aparece na lista dos 10 que mais receberam investimentos at� o fim de junho, ficando na oitava posi��o. O Rio Grande do Sul foi o primeiro colocado na lista dos gastos totais, com R$ 568,8 milh�es executados. Apesar de o estado que recebeu o maior montante ser da Regi�o Sul, na lista dos 10 principais estados beneficiados com o PAC est�o cinco da Regi�o Nordeste. A Bahia recebeu R$ 440 milh�es, seguida do Cear�, com R$ 430 milh�es; Alagoas, com R$ 405 milh�es; Pernambuco, com R$ 368,4 milh�es e Para�ba, com R$ 276,8 milh�es.
No c�lculo dos recursos gastos no programa em rela��o � popula��o de cada estado, os nordestinos assumem as primeiras posi��es, com seis estados entre os dez que mais receberam dinheiro em 2013. Alagoas est� na ponta da lista, com R$ 130,60 per capita, logo depois vem Goi�s, na Regi�o Centro-Oeste, com R$ 90,10, seguida da Para�ba, em que o investimento por morador ficou em R$ 74,80. Os tr�s estados mais populosos do pa�s – S�o Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro – est�o entre os que menos receberam recursos por habitante. Os paulistas ocupam o �ltimo lugar, com R$ 3 per capita, j� os cariocas tiveram R$ 20,60.
Crit�rios Segundo o Minist�rio do Planejamento, a libera��o de recursos para obras do PAC n�o leva em considera��o a popula��o de cada estado, uma vez que para cada regi�o existem demandas e situa��es socioecon�micas diferentes. Ainda de acordo com informa��es do �rg�o, as etapas do programa s�o lan�adas para v�rios segmentos, mas a participa��o e sele��o das a��es dependem do envio de projetos por parte das prefeituras e governos estaduais. O minist�rio detalha tamb�m que a carteira de a��es para mobilidade urbana em Minas reserva para os pr�ximos anos R$ 4,5 bilh�es, sendo que 30% das obras j� tiveram in�cio, o equivalente a R$1,3 bilh�o. O montante, no entanto, ainda n�o foi computado como executado at� julho.
O vice-presidente estadual do PSDB, deputado federal Domingos S�vio, disse ontem que, apesar de ser mineira, a presidente Dilma Rousseff n�o d� a aten��o merecida para ao estado, um dos que mais contribu�ram para o super�vit da balan�a comercial, por causa do caf� e do min�rio. “Minas Gerais est� abandonada e n�o � s� quest�o do PAC”, disse, citando entre outros setores a sa�de.
J� o presidente do PT mineiro, deputado federal Reginaldo Lopes, disse que em valores absolutos a participa��o do estado nos recursos do PAC � significativa. Para ele, o crit�rio por habitante � injusto e usado apenas para dar a impress�o de que a presidente n�o tem carinho por seu estado. “O que n�o � verdade”, contestou.
Entre os investimentos feitos por meio do PAC 2 em cidades mineiras se destacam neste ano a entrega de m�quinas retroescavadeiras e motoniveladoras para munic�pios em situa��o de emerg�ncia. No m�s passado, 20 cidades foram beneficiadas com o maquin�rio, que servir� de apoio � agricultura familiar – ajudando produtores a enfrentarem a seca – e manuten��o das estradas vicinais no interior do estado. Ao todo foram investidos R$ 11 milh�es. Em abril, a presidente Dilma Rousseff esteve na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte para assinar a libera��o de R$ 25 milh�es para compra de m�quinas para 102 cidades.