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Estado de Minas

Oposi��o critica pacote por MP para contratar m�dicos e mudar curso de medicina

Pol�ticos acusam Dilma de fazer marketing e condenam a utiliza��o de medida provis�ria no Programa Mais M�dicos. Padilha diz que instrumento foi adotado para suprir o d�ficit j�


postado em 09/07/2013 06:00 / atualizado em 09/07/2013 08:02

Descumprindo a promessa que fez aos l�deres no Congresso, a presidente Dilma Rousseff optou por enviar aspectos do Programa Mais M�dicos – que determina a importa��o de m�dicos e mudan�as na forma��o desses profissionais – por medida provis�ria, em vez de projeto de lei. A escolha desagradou � oposi��o, que cobrou do governo a��es mais efetivas para �rea da sa�de e o aproveitamento de projetos que j� tramitam na Casa. Assim que o pacote m�dico foi desembrulhado no Pal�cio do Planalto, lideran�as pol�ticas avisaram que o Executivo ter� dificuldade para aprovar o texto da forma como foi apresentado.

“A avalia��o � que a presidente est� pensando na sua reelei��o, ela n�o est� pensando na sa�de do brasileiro. � mais uma a��o de marketing”, criticou o l�der do DEM na C�mara, Ronaldo Caiado (GO). Segundo ele, Dilma est� “satanizando” os m�dicos e n�o cumpriu sua parte, que seriam promessas de campanha. De acordo com Caiado, dados do Sistema Integrado de Administra��o Financeira (Siafi), mostram que a presidente n�o conseguiu entregar as unidades de pronto atendimento (UPA) anunciadas nem as unidades b�sicas de sa�de (UBS) com as quais havia se comprometido quando se elegeu. No levantamento divulgado pelo DEM, em 30 meses de governo, ela deveria ter gasto R$ 625 milh�es e constru�do 313 UPAs. Mas, nesse per�odo, foram gastos R$ 116,7 milh�es, materializados em 58 unidades de pronto atendimento (18,6% do prometido). Das 5.434 UBSs que deveriam estar prontas, somente 1.209 foram entregues nos primeiros 30 meses de governo.

Caiado criticou tamb�m as a��es propostas na medida provis�ria que Dilma enviar� ao Congresso. Segundo ele, ao importar m�dicos sem submet�-los � prova de revalida��o de diploma (Revalida), a presidente  estimula os brasileiros a estudar medicina fora. “Qual vai ser o racioc�nio de um pai? � melhor que eu forme meu filho na Bol�via e, ao fim de seis anos, ele vai entrar no Brasil como m�dico, e n�o com um CRM provis�rio”, afirmou.

Outro ponto criticado foram os dois anos de servi�o obrigat�rio no Sistema �nico de Sa�de (SUS). Segundo o l�der do DEM, impor mudan�as na grade curricular � inconstitucional, por ferir a autonomia das universidades. “Sem d�vida (esse item) encontrar� press�o, e, me parece, numa primeira leitura, que isso cabe a quem tiver sua forma��o em universidade p�blica, j� que teve sua forma��o custeada pelo conjunto da sociedade brasileira. Parece-me que, para aqueles m�dicos formados em faculdades privadas, fica dif�cil do ponto de vista legal exigir essa contrapartida”, argumenta o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), da base aliada do governo.

A edi��o de uma medida provis�ria, ignorando propostas semelhantes que tramitam tanto na C�mara quanto no Senado, tamb�m gerou insatisfa��o entre os parlamentares. “Devemos priorizar iniciativas parlamentares, seja da base ou da oposi��o; medidas que est�o h� mais tempo (em tramita��o)”, pontuou Rollemberg. O senador Humberto Costa (PT-PE) e o deputado Rubens Bueno (PPS-PR) s�o autores de projetos que tratam desse assunto.

Como a presidente havia se comprometido, na �poca em que enviou o marco regulat�rio da minera��o, a reduzir o n�mero de medidas provis�rias enviadas ao Congresso, parlamentares a acusaram de descumprir a promessa. “Faz tempo que a presidente quebra a palavra dela, j� se tornou corriqueiro. Por exemplo, quando ela fala que n�o tem dinheiro p�blico na Copa do Mundo”, alfineta o l�der do PPS na C�mara, Rubens Bueno (PR).

O ministro da Sa�de, Alexandre Padilha, saiu em defesa da forma adotada pelo Planalto para enviar a proposta ao Congresso. “N�s precisamos dos m�dicos j�. A MP era importante para chamar os brasileiros e buscar os estrangeiros, caso as vagas n�o sejam preenchidas por m�dicos brasileiros”, argumentou.

O governo j� sabe que encontrar� resist�ncia na tramita��o da proposta. Pelas manifesta��es de m�dicos que tomaram as ruas nos �ltimos dias, sabe que haver� press�o para mudar o texto enviado. Para ter menos sobressaltos, Padilha jantou na quinta-feira passada com l�deres tanto da base quanto da oposi��o. Organizado por Waldemir Moka (PMDB-MS), o jantar serviu para adiantar a proposta a parlamentares e preparar terreno para sua tramita��o.


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