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Estado de Minas

Dilma reza para superar desgaste

Presidente recebe evang�licos liderados pelo titular da Pesca, amea�ado de perder o cargo em caso de mudan�as na equipe


postado em 16/07/2013 06:00 / atualizado em 16/07/2013 07:29

Crivella e mais 15 evangélicos oraram com a presidente Dilma e ministros para
Crivella e mais 15 evang�licos oraram com a presidente Dilma e ministros para "vencer momento dif�cil" (foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

Em meio � crise no relacionamento com sua base de sustenta��o no Congresso, o governo tem descartado a redu��o do n�mero de minist�rios como medida para enxugar gastos p�blicos. A medida, defendida pelo PMDB – e nos bastidores, pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva – como uma sinaliza��o de austeridade, � recha�ada dentro do Pal�cio do Planalto para n�o acirrar ainda mais os �nimos dos aliados que t�m cargos na Esplanada. Ainda assim, mudan�as na equipe s�o projetadas para agosto.


Um dos mais prov�veis candidatos a ser rifado em uma reforma ministerial esteve ontem no Pal�cio do Planalto para dar uma demonstra��o de for�a. O ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB), liderou uma comitiva de 16 evang�licos em uma visita � presidente Dilma. L� estava, entre outros convidados, a bispa S�nia Hernandes, mulher de Estev�o Hernandes, fundador da Igreja Apost�lica Renascer em Cristo. O casal cumpriu pena de quase seis meses de pris�o nos Estados Unidos por entrar naquele pa�s com mais de US$ 50 mil n�o declarados. Tamb�m participaram da audi�ncia artistas gospel, como Mara Maravilha e Damares. Houve ora��o e cantoria. Ao deixar o Pal�cio do Planalto, Damares disse que Dilma cantou com o grupo e que as ora��es foram feitas por causa do “momento de muita press�o que o Brasil est� vivendo”.

Marcelo Crivella, que � pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, disse que a presidente “adorou” o encontro. Sobre a poss�vel reforma ministerial, o ministro da Pesca saiu tranquilo. “Deixar de ser ministro significa voltar a ocupar o honroso cargo de senador da Rep�blica. Agora, a presidente Dilma, em nenhum momento, deixou passar que isso ocorreria”, disse Crivella.

Em tese, o governo teria condi��es para aglutinar pastas na �rea social e na infraestrutura. Na primeira, secretarias com status de minist�rio, como a de Direitos Humanos e a de Pol�ticas para Mulheres, poderiam ser absorvidas pela Secretaria Geral da Presid�ncia, comandada pelo ministro Gilberto Carvalho, respons�vel pela interlocu��o com os movimentos sociais. O pr�prio Carvalho, contudo, tem se mostrado avesso � hip�tese, por consider�-la um retrocesso em rela��o ao governo Lula. Ainda mais neste momento, em que o governo busca se aproximar da sociedade civil organizada. No setor de infraestrutura, por sua vez, a incorpora��o das secretarias de Avia��o Civil e de Portos pelo Minist�rio dos Transportes teria o cond�o de desalojar vagas do PMDB — j� bastante agastado com o Planalto — e do PSB. “N�o tem como tirar vagas de aliados em um momento desses”, sentencia um auxiliar da presidente Dilma Rousseff.

Cortar cargos de aliados pode p�r em risco uma delicada rela��o pol�tica em um momento crucial para as pretens�es do governo em rela��o a projetos considerados essenciais, que tramitam no Congresso, como a medida provis�ria que criou o Programa Mais M�dicos, o texto que destina 75% dos royalties do petr�leo do pr�-sal � educa��o e 25% � sa�de e projetos que podem acelerar obras na �rea do transporte p�blico, o estopim das grandes manifesta��es populares que come�aram no m�s passado. O pr�prio governo estima que os protestos devem ganhar nova for�a na visita do papa Francisco ao Brasil, no fim do m�s, e nas comemora��es do Sete de Setembro.

A hesita��o do governo diante de uma reforma ministerial que reduza o tamanho da m�quina p�blica se d� mesmo com o discurso do PMDB em defesa de uma reordena��o na Esplanada. A bancada do maior partido na C�mara chegou a soltar nota pedindo a Dilma que reduza o n�mero de pastas, sacrificando, inclusive, cargos que hoje est�o nas m�os de peemedebistas. O presidente em exerc�cio da legenda, Valdir Raupp (RO), diz que bate h� muito tempo nessa tecla e que o grande n�mero de pastas n�o se traduz, necessariamente, em melhor gest�o. “A m�dia no mundo � de 14 minist�rios, n�o costuma passar de 20. Na China, um dos pa�ses com maior n�mero de pastas, s�o 24”, explica. Segundo ele, o problema est� atrelado ao enorme n�mero de partidos que apoiam a alian�a PT-PMDB. Raupp acredita que Dilma deveria aproveitar o momento, j� que uma parte significativa do governo deve se afastar para concorrer nas elei��es de 2014, e promover logo as mudan�as necess�rias. “� uma grande oportunidade para a presidente mostrar, mais uma vez, austeridade”, sentencia.


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