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Estado de Minas

Pesquisa mostra popula��o dividida sobre contrata��o de m�dicos estrangeiros

Levantamento ainda confirma queda de popularidade do governo e da presidente


postado em 17/07/2013 06:00 / atualizado em 17/07/2013 11:46

Uma das principais medidas anunciadas pelo Planalto em meio � crise pol�tica desencadeada com as manifesta��es populares divide a popula��o. Pesquisa da Confedera��o Nacional dos Transportes/Instituto MDA revela que 49,7% dos brasileiros s�o a favor da importa��o de m�dicos estrangeiros, mas 47,4% est�o contra – a margem de erro do levantamento � de 2,2%. Foram ouvidas 2.002 pessoas em 134 munic�pios entre os dias 7 e 10. O levantamento tamb�m mostrou uma queda na avalia��o do governo da presidente Dilma Rousseff. O percentual de pessoas que avaliavam a gest�o como boa ou �tima despencou 22,9%, passando de 54,2% em junho para 31,3%. Al�m disso, a avalia��o negativa aumentou para 29,5%, muito maior do que os 9% registrados na sondagem anterior.


O resultado do levantamento reavivou as cr�ticas feitas � importa��o de m�dicos, tanto por parte das organiza��es de classe quanto da oposi��o. Na avalia��o do presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto Luiz D’Avila, os n�meros mostram que Dilma n�o atendeu os apelos das manifesta��es. “Apesar de todo o apelo midi�tico do an�ncio de importa��o dos m�dicos estrangeiros sem passar pelo Revalida, incluindo o investimento na divulga��o da medida, a popula��o permanece cr�tica e discorda que apenas isso resolver� a dificuldade de acesso � assist�ncia”, pondera. “Esse sentimento de rejei��o ao pacote tende a aumentar � medida que os brasileiros perceberem os riscos envolvidos no programa Mais M�dicos, seja do ponto de vista pessoal ou legal”, acredita.

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)

O ex-ministro da Sa�de e ex-governador de S�o Paulo Jos� Serra (PSDB) tamb�m n�o poupou o programa de cr�ticas. Segundo ele, se a presidente estivesse mesmo interessada em resolver o problema da sa�de, come�aria a pagar os sal�rios de R$ 10 mil mais ajuda de custo aos formandos imediatamente, e n�o s� em 2018. “A ideia n�o � fazer nada, � jogar no virtual, na propaganda”, alfineta.

A divis�o na sociedade em rela��o a uma das principais respostas de Dilma � crise, a importa��o de m�dicos, n�o surpreendeu os petistas. O l�der do PT no Senado, Wellington Dias (PI), acredita que o problema � a falta de compreens�o a respeito da proposta. “Se n�s tiv�ssemos colocado de forma did�tica, correta, o entendimento seria maior”, afirma.

J� o ministro da Educa��o, Aloizio Mercadante, afirmou que essa � uma medida da qual o governo n�o abre m�o e criticou a metodologia da pesquisa. “Nossa proposta � oferecer aos m�dicos brasileiros irem para o interior onde falta m�dico e, se n�o houver, contratar estrangeiros. A pergunta n�o foi feita assim, mas de qualquer forma, mesmo assim, a popula��o apoia”, avaliou. “N�o podemos chegar a um momento deste na hist�ria do Brasil e em 700 cidades do pa�s, em qualquer urg�ncia, n�o ter m�dico para atender. N�o precisa ser assim. Vamos lutar at� o fim para que n�o seja assim”, sustentou.
O levantamento tamb�m mostrou que 24,6% dos entrevistas avaliaram a resposta de Dilma � crise como boa ou �tima, frente a 30,7% que acharam ruim ou p�ssima. Al�m da queda na avalia��o do governo, foi verificada uma redu��o na aprova��o pessoal de Dilma Rousseff. Caiu de 73,7% para 49,3% o percentual dos que apoiam – j� a desaprova��o est� em 47,3%. J� desaprova��o subiu de 20,4% para 47,3%.

Disputa presidencial


(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)
A pesquisa de inten��o de votos tamb�m mostrou um cen�rio de incerteza para Dilma. Na estimulada, a presidente aparece com 33,4%, seguida por Marina Silva (sem partido) com 20,7%, A�cio Neves (PSDB) com 15,2% e Eduardo Campos (PSB), 17,9%. Em todas as simula��es, a presidente n�o escaparia de um segundo turno. Quando questionados sobre a presidente, 44,7% afirmaram que nunca votariam em Dilma, o maior percentual entre os presidenci�veis. Com rela��o a A�cio, 36% responderam da mesma forma. Marina Silva e Eduardo Campos tiveram 12,7% e 31,9% de rejei��o, respectivamente.

Sem comentar a pesquisa, a presidente Dilma Rousseff afirmou ontem, em Ponta Grossa (PR), que o dinheiro arrecadado pelo governo tem de ser devolvido � popula��o. Ela disse ainda que o Brasil � um pa�s especial por dialogar com movimentos sociais e que manter� o Bolsa-Fam�lia “enquanto for necess�rio”. “Eu sou presidente de todos os brasileiros, mas sou presidente com o olho voltado, muito, mas de forma muito intensa, para aqueles que mais precisam”, afirmou. (Colaborou Karla Correia)

M�dicos contra tudo

O Programa Mais M�dicos, do governo federal, foi alvo ontem de protestos em v�rias capitais. Em S�o Paulo, cerca de mil m�dicos bloquearam avenidas em uma manifesta��o contra a atua��o de profissionais estrangeiros no pa�s sem a revalida��o do diploma, contra os vetos ao Ato M�dico e contra a medida provis�ria que exige a atua��o dos m�dicos rec�m-formados por dois anos na rede p�blica. Os manifestantes carregavam caix�es com as fotos da presidente Dilma Rousseff e do ministro da Sa�de, Alexandre Padilha. No Rio, cerca de 100 m�dicos se reuniram na Cinel�ndia, no Centro da cidade. Com jalecos brancos, eles seguravam cartazes com frases como: “M�dicos estrangeiros n�o. Padr�o Fifa para os m�dicos do Brasil” e “M�dicos e pacientes, ambos s�o v�timas do sistema”. M�rcia Rosa, presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro, afirma que “as mudan�as colocam em risco a sa�de da popula��o, especialmente daqueles que t�m mais necessidade de acesso, que utilizam o SUS”. 


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