
Em nota divulgada na tarde desta sexta-feira, o l�der do PT na C�mara dos Deputados, Jos� Guimar�es (CE), tentou desvincular as declara��es do coordenador do grupo de trabalho da reforma pol�tica na Casa, C�ndido Vaccarezza (PT-SP), da posi��o da bancada petista sobre o tema. Na primeira reuni�o do grupo instalado nesta semana, Vaccarezza disse que as propostas, a serem apresentadas em 90 dias, n�o valer�o para as elei��es de 2014. Guimar�es disse que as declara��es "n�o expressam o pensamento nem da bancada na C�mara nem do Partido dos Trabalhadores".
Segundo o l�der, o PT mant�m "posi��o unit�ria em defesa do plebiscito" e vai insistir na mobiliza��o dos aliados para conseguir as 171 assinaturas necess�rias para apresenta��o de um Decreto Legislativo ao plen�rio para a convoca��o da consulta popular. "A realiza��o de uma reforma pol�tica que elimine as distor��es produzidas pelo poder econ�mico � uma bandeira empunhada h� anos pelo PT. N�o temos medo de ouvir o povo, por isso entendemos que o plebiscito � o instrumento mais adequado para responder �s vozes que clamam por mudan�as no sistema de representa��o do Pa�s", justifica o texto assinado por Guimar�es.
O partido da presidente Dilma Rousseff trabalha para que as regras da reforma pol�tica que forem aprovadas este ano tenham validade j� em 2014.
Curto-circuito
A indica��o de Vaccarezza para a coordena��o provocou, nas palavras do presidente da C�mara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), um "curto-circuito" na maior bancada da Casa.
O deputado Henrique Fontana (RS) era o preferido dos petistas por ter sido o relator da �ltima proposta de reforma pol�tica em tramita��o na C�mara, mas Alves insistiu no perfil "conciliador" de Vaccarezza. Fontana ent�o desistiu de participar do grupo como mero representante do partido e o PT o substituiu por Ricardo Berzoini (SP) a quem, segundo a nota, caber� defender as posi��es da sigla no grupo de trabalho.