A presidente Dilma Rousseff precisa “refazer” suas alian�as para a elei��o de 2014, mirando partidos de esquerda e centro-esquerda, se quiser “dar conta” dos avan�os necess�rios ao Pa�s. A avalia��o consta do documento intitulado “Para o PT liderar um novo ciclo da revolu��o democr�tica”, produzido pela corrente Mensagem ao Partido, que, em 2005, no auge do esc�ndalo do mensal�o, prop�s a “refunda��o” da legenda.
“O novo quadro anuncia, neste momento, uma disputa mais complexa do que a anteriormente esperada para as elei��es de 2014”, diz um trecho da tese apresentada pelo grupo Mensagem ao Partido, a segunda maior for�a do PT. “N�o parece mais bastar a divulga��o dos enormes avan�os dos dez anos do governo Lula e Dilma e a compara��o com o per�odo anterior”, completa o texto, numa refer�ncia ao governo do tucano Fernando Henrique Cardoso, sempre criticado por petistas.
Na avalia��o do grupo, para que o Brasil avance, a partir deste novo momento, Dilma deve construir outras alian�as, “voltando a dar prioridade a uma frente de partidos de esquerda e de centro-esquerda, e a organiza��es e movimentos sociais progressistas e libert�rios”.
M�dia
A chapa tamb�m cobra de Dilma uma a��o “urgente” para destravar o projeto de regulamenta��o da m�dia e critica a atua��o do ministro das Comunica��es, Paulo Bernardo, que � filiado ao PT. “Nosso Minist�rio das Comunica��es tem adotado neste governo uma pol�tica moderada, recuando de avan�os que se anunciavam no final do segundo governo Lula”, observa o texto. “� natural e leg�timo que esse tema apare�a nos debates do PT. Achei essa abordagem pertinente e tamb�m moderada”, devolve Bernardo.
Em 2005, na crise do mensal�o, a corrente Mensagem ao Partido chegou a pregar a “refunda��o” do PT, mas depois voltou atr�s. Cardozo, hoje ministro, foi um dos autores do C�digo de �tica do partido, que prev� a expuls�o de filiados envolvidos em corrup��o e condenados em �ltima inst�ncia pela Justi�a. Agora, embora alegando ser preciso superar “erros cometidos”, o mesmo grupo afirma que houve “manipula��o” do julgamento do mensal�o pela direita.
Com o argumento de que Dilma � “alvo de campanha sistem�tica de desgaste”, a chapa de Teixeira prega a defesa da presidente e a mobiliza��o em torno da ideia do plebiscito para a reforma pol�tica. Admite, por�m, que “resist�ncias conservadoras” podem inviabilizar a consulta popular. Diante desse quadro, o grupo tenta manter de p� a proposta de Constituinte exclusiva para mudar o sistema eleitoral, considerada inconstitucional pelo vice-presidente Michel Temer (PMDB). Al�m de Teixeira e do atual presidente do PT, Rui Falc�o, que concorre � reelei��o, outros quatro candidatos disputam o comando petista. A elei��o interna ser� dia 10 de novembro.
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